América Latina e Caribe: Montanhas de lixo, perigo multidimensional
América Latina e Caribe: Montanhas de lixo, perigo multidimensional
América Latina e Caribe: Montanhas de lixo, perigo multidimensional

Do ponto de vista produtivo, social e ambiental, é apropriado lembrar que o problema em análise acontece na região em desenvolvimento mais urbanizada do planeta, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Como média, observou a Cepal, 54% da população mundial vive em lugares urbanos; uma proporção que nesta parte do mundo chega a 80% e é inclusive superior na América do Sul, com 83%.
Segundo cálculos das Nações Unidas, em 2030, mais de 92 milhões de pessoas terão se somado à vida nas cidades da região, o que tornará a situação bem mais complexa.
'Em virtude destas dinâmicas demográficas, a principal preocupação das políticas públicas e das intervenções urbanas já não é o esforço para acomodar as pressões da migração rural-urbana', opinaram os especialistas Antonio Prado e Lado Kiss, em um livro publicado pela Cepal.
Segundo ambos especialistas, é essencial 'encontrar soluções para melhorar a qualidade de vida, fechar as brechas de desigualdade e abordar a degradação ambiental, em um contexto de formas urbanas estabelecidas e com uma infraestrutura que incide no percurso da sustentabilidade a longo prazo'.
Dentro da região, o índice médio de cobertura na coleta de resíduos urbanos supera 90%, mas pode variar de acordo com o país e diminui sensivelmente nas periferias e áreas rurais, advertiu o Pnuma.
Apesar dos avanços, acrescentou a instituição, ainda existe um déficit considerável na disposição final dos desperdícios, com mais de 145 mil toneladas diárias de lixo, de quase 30% do total, que é destinado a lugares inadequados.
Ao redor de 170 milhões de pessoas estão expostas aos graves impactos provocados pela má gestão de resíduos ao meio ambiente (solo, ar e água) à saúde humana, expôs o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Carlos Silva Filho.
Análises técnicas relevaram, também, que a fração orgânica representa mais da metade de todos os resíduos descartados nas cidades latino-americanas, ainda que o indicador demonstre notáveis variações segundo a renda de cada país, indicou o perito Jordi Ponha, do Pnuma.
Em países de baixa renda, detalhou, 75% do lixo descartado é composto da matéria orgânica, enquanto em nações com renda mais elevada, a proporção é de 36%. A fração restante está composta pelos chamados resíduos secos, como metais, papéis, papelão, plásticos, vidro e têxteis.
No entanto, as iniciativas de reciclagem chegam a meros 20% em determinadas áreas da região e estão nesse nível 'em grande parte graças à contribuição do setor informal', avaliou.
Ainda, explicou Ponha, é comum encontrar no lixo doméstico resíduos perigosos, como baterias, equipes elétricas e eletrônicos, remédios vencidos, entre outros.
Praticamente todos os estados da área possuem normas legais e disposições para serem cumpridas pelos geradores e manipuladores de resíduos e instrumentos de penalização, mas o marco institucional é fraco, avaliou o diretor. 'Isso, considerou, cria um vazio de responsabilidades governamentais, com poucas ações de acompanhamento e monitoramento', o que conduz, entre outras coisas, a 'uma implementação deficiente da lei nos setores público e privado'.
De acordo com o Pnuma, os níveis de investimento público e privado na gestão de resíduos são insuficientes para financiar a infraestrutura com o objetivo de mitigar as principais deficiências, como a cobertura de coleta, as baixas taxas de reciclagem e a disposição final inadequada.
O financiamento, considerou a entidade, 'é uma questão fundamental para a melhora e sustentabilidade dos mecanismos de gestão de resíduos, especialmente na América Latina e no Caribe, onde os modelos financiados por recursos municipais prevalecem e, em muitos casos, os custos dos serviços não são recuperados em sua totalidade'.
Para o perito Silva Filho, 'ainda não há uma clara consciência de que o custo econômico da falta de ação é maior que o custo de investir em um sistema adequado'.
No livro ‘¿Quién cuida en la ciudad? Aportes para políticas urbanas de igualdad' (Quem cuida na cidade? Contribuição para políticas urbanas de igualdade), analistas vinculados à Cepal estimaram que a urbanização e o desafio de enfrentar a desigualdade representam dois aspectos fundamentais para o desenvolvimento regional.
Uma região, agregaram, com altos níveis de desigualdade e onde estão sob ameaça as conquistas da última década em matéria de redução da pobreza e das brechas econômicas e sociais.
'Além de seus efeitos econômicos e sociais, as desigualdades urbanas na América Latina também propõem desafios para a sustentabilidade ambiental', avaliaram Prado e Kiss, em um artigo divulgado pela Cepal em novembro de 2017.
Na opinião dos dois analistas, a degradação ambiental, a poluição, a deterioração da qualidade do ar e a contribuição das cidades às emissões associadas à mudança climática, entre outros fatores, propõem desafios urgentes para as cidades.
'Ao mesmo tempo, constituem uma oportunidade para gerar um grande impulso ambiental, isto é, um pacote de políticas e investimentos coerentes para promover a sustentabilidade ambiental com igualdade', valorizaram.
Do ponto de vista da Cepal, se trata de um elemento fundamental em aras de implementar a Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável, assinada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 2015.
Os vínculos entre a forma urbana, a reprodução das desigualdades e os padrões de poluição, deixam claro que um enfoque em cidades com mais igualdade também pode ajudar a gerar cenários de maior eficiência no uso dos recursos, mais favoráveis ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, mais inclusivas para mulheres e homens, comentaram Prado e Kiss.
Estimativas de instituições públicas e privadas reconhecem que a reciclagem é essencial para proteger as pessoas e o meio ambiente dos efeitos nocivos dos resíduos, incluídos os eletrônicos, cujas dimensões crescem de maneira acelerada pelo uso de telefones inteligentes, equipamentos de referigeração, sistemas de ar condicionado, computadores, automóveis elétricos e uma infinidade de aparelhos mais.
'Os produtos eletrônicos estão aumentando exponencialmente em número, variedade e complexidade e todos eles utilizam elementos tão valiosos como perigosos', disse o diretor do Centro Internacional de Tecnologia Ambiental do Pnuma, Keith Alverson.
'Temos que pensar detidamente e implementar soluções para os resíduos eletrônicos, já que permaneceremos nos beneficiando cada vez mais dos bens e serviços que a tecnologia nos provê', afirmou.
Em escala internacional, revelou o Pnuma, entre 60 e 90% dos resíduos eletrônicos são comercializados ou descartados ilegalmente, com frequência com a participação de grupos criminosos trasnacionais.
'É ilegal exportar resíduos eletrônicos, mas as redes extensas de contrabando classificam os resíduos como artigos de segunda mão e os jogam em lugares como Ghana, Índia, Paquistão e Brasil', expôs o chefe da Unidade de Resposta Rápida do Centro Norueguês de Análises Globais, Christian Nellemann, em um relatório do Pnuma.
Investigações do Painel Internacional de Recursos averiguaram que, em escala mundial, o aproveitamento dos resíduos tem sido consistentemente baixo: de 60 metais estudados, só um terço tem uma taxa de reciclagem que supera 50% e esse indicador é inferior ao um por cento no caso de 34 elementos.
'Precisamos abordar o círculo completo, estabelecer sistemas de reciclagem, formalizar e subsidiar os sistemas irregulares de manejo', aconselhou Nellemann.
Cerca de quatro mil pessoas, entre chefes de estado e de governo, ministros, outros representantes governamentais, cientistas e ativistas voltaram a discutir o tema em um fórum global, realizado de 4 a 6 de dezembro na capital do Quênia.
A Terceira Assembléia das Nações Unidas sobre Meio ambiente enfatizou em Nairobi que a melhora ambiental no planeta exigirá mudanças no ciclo produção-consumo-dejeito e implementar medidas para eliminar emissões de gases tóxicos e a deterioração de recursos naturais.
Para o ministro de Meio ambiente e Energia da Costa Rica, que é também presidente da Assembleia, Édgar Gutiérrez, 'a maneira como o processo de produção e consumo tem gerado poluição deve ser corrigido'.
'Com as promessas feitas aqui, comentou, estamos enviando uma poderosa mensagem de que escutaremos a ciência, mudaremos a maneira em que produzimos e consumimos, e abordaremos a poluição em todas suas formas em todo o mundo'.
Se as metas expostas forem cumpridas, 1,49 bilhões de pessoas poderiam respirar um ar de melhor qualidade ou puro, 30% do litoral no mundo estaria limpo e se disporia de 18,6 bilhões de dólares para pesquisa, calculou o Pnuma.
A cada dia, nove pessoas em cada 10 respiram um ar que ultrapassa as recomendações da Organização Mundial de Saúde e mais de 17 mil morrerão prematuramente por causa disso, ilustrou o texto aprovado em Nairobi.
A declaração da conferência argumentou que a luta contra a poluição exige o compromisso e a liderança de governos, mas também a participação do setor privado, das organizações internacionais, da sociedade civil e dos cidadãos.
Especialmente, fez um chamado a promover medidas fiscais, incluindo incentivos, para estimular mudanças positivas, levando em consideração a importância de reduzir ao mínimo a poluição e investir em 'soluções mais sustentáveis e ecologicamente racionais'.
*Jornalista da Redação Econômica da Prensa Latina.
arb/mfb/mjm/cc/gdc
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Havana (Prensa Latina) Para 2050, na América Latina e no Caribe, os resíduos sólidos urbanos poderiam chegar a 671 mil toneladas diárias, boa parte precisaria de tratamento final adequado se a dinâmica atual continuar, alertou as Nações Unidas.
As cidades da região geram agora quase 540 mil toneladas de lixo por dia. Desse total, cerca de 145 mil toneladas ainda são descartadas de forma inadequada, afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (Pnuma).
Do ponto de vista produtivo, social e ambiental, é apropriado lembrar que o problema em análise acontece na região em desenvolvimento mais urbanizada do planeta, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Como média, observou a Cepal, 54% da população mundial vive em lugares urbanos; uma proporção que nesta parte do mundo chega a 80% e é inclusive superior na América do Sul, com 83%.
Segundo cálculos das Nações Unidas, em 2030, mais de 92 milhões de pessoas terão se somado à vida nas cidades da região, o que tornará a situação bem mais complexa.
'Em virtude destas dinâmicas demográficas, a principal preocupação das políticas públicas e das intervenções urbanas já não é o esforço para acomodar as pressões da migração rural-urbana', opinaram os especialistas Antonio Prado e Lado Kiss, em um livro publicado pela Cepal.
Segundo ambos especialistas, é essencial 'encontrar soluções para melhorar a qualidade de vida, fechar as brechas de desigualdade e abordar a degradação ambiental, em um contexto de formas urbanas estabelecidas e com uma infraestrutura que incide no percurso da sustentabilidade a longo prazo'.
Dentro da região, o índice médio de cobertura na coleta de resíduos urbanos supera 90%, mas pode variar de acordo com o país e diminui sensivelmente nas periferias e áreas rurais, advertiu o Pnuma.
Apesar dos avanços, acrescentou a instituição, ainda existe um déficit considerável na disposição final dos desperdícios, com mais de 145 mil toneladas diárias de lixo, de quase 30% do total, que é destinado a lugares inadequados.
Ao redor de 170 milhões de pessoas estão expostas aos graves impactos provocados pela má gestão de resíduos ao meio ambiente (solo, ar e água) à saúde humana, expôs o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Carlos Silva Filho.
Análises técnicas relevaram, também, que a fração orgânica representa mais da metade de todos os resíduos descartados nas cidades latino-americanas, ainda que o indicador demonstre notáveis variações segundo a renda de cada país, indicou o perito Jordi Ponha, do Pnuma.
Em países de baixa renda, detalhou, 75% do lixo descartado é composto da matéria orgânica, enquanto em nações com renda mais elevada, a proporção é de 36%. A fração restante está composta pelos chamados resíduos secos, como metais, papéis, papelão, plásticos, vidro e têxteis.
No entanto, as iniciativas de reciclagem chegam a meros 20% em determinadas áreas da região e estão nesse nível 'em grande parte graças à contribuição do setor informal', avaliou.
Ainda, explicou Ponha, é comum encontrar no lixo doméstico resíduos perigosos, como baterias, equipes elétricas e eletrônicos, remédios vencidos, entre outros.
Praticamente todos os estados da área possuem normas legais e disposições para serem cumpridas pelos geradores e manipuladores de resíduos e instrumentos de penalização, mas o marco institucional é fraco, avaliou o diretor. 'Isso, considerou, cria um vazio de responsabilidades governamentais, com poucas ações de acompanhamento e monitoramento', o que conduz, entre outras coisas, a 'uma implementação deficiente da lei nos setores público e privado'.
De acordo com o Pnuma, os níveis de investimento público e privado na gestão de resíduos são insuficientes para financiar a infraestrutura com o objetivo de mitigar as principais deficiências, como a cobertura de coleta, as baixas taxas de reciclagem e a disposição final inadequada.
O financiamento, considerou a entidade, 'é uma questão fundamental para a melhora e sustentabilidade dos mecanismos de gestão de resíduos, especialmente na América Latina e no Caribe, onde os modelos financiados por recursos municipais prevalecem e, em muitos casos, os custos dos serviços não são recuperados em sua totalidade'.
Para o perito Silva Filho, 'ainda não há uma clara consciência de que o custo econômico da falta de ação é maior que o custo de investir em um sistema adequado'.
No livro ‘¿Quién cuida en la ciudad? Aportes para políticas urbanas de igualdad' (Quem cuida na cidade? Contribuição para políticas urbanas de igualdade), analistas vinculados à Cepal estimaram que a urbanização e o desafio de enfrentar a desigualdade representam dois aspectos fundamentais para o desenvolvimento regional.
Uma região, agregaram, com altos níveis de desigualdade e onde estão sob ameaça as conquistas da última década em matéria de redução da pobreza e das brechas econômicas e sociais.
'Além de seus efeitos econômicos e sociais, as desigualdades urbanas na América Latina também propõem desafios para a sustentabilidade ambiental', avaliaram Prado e Kiss, em um artigo divulgado pela Cepal em novembro de 2017.
Na opinião dos dois analistas, a degradação ambiental, a poluição, a deterioração da qualidade do ar e a contribuição das cidades às emissões associadas à mudança climática, entre outros fatores, propõem desafios urgentes para as cidades.
'Ao mesmo tempo, constituem uma oportunidade para gerar um grande impulso ambiental, isto é, um pacote de políticas e investimentos coerentes para promover a sustentabilidade ambiental com igualdade', valorizaram.
Do ponto de vista da Cepal, se trata de um elemento fundamental em aras de implementar a Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável, assinada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 2015.
Os vínculos entre a forma urbana, a reprodução das desigualdades e os padrões de poluição, deixam claro que um enfoque em cidades com mais igualdade também pode ajudar a gerar cenários de maior eficiência no uso dos recursos, mais favoráveis ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, mais inclusivas para mulheres e homens, comentaram Prado e Kiss.
Estimativas de instituições públicas e privadas reconhecem que a reciclagem é essencial para proteger as pessoas e o meio ambiente dos efeitos nocivos dos resíduos, incluídos os eletrônicos, cujas dimensões crescem de maneira acelerada pelo uso de telefones inteligentes, equipamentos de referigeração, sistemas de ar condicionado, computadores, automóveis elétricos e uma infinidade de aparelhos mais.
'Os produtos eletrônicos estão aumentando exponencialmente em número, variedade e complexidade e todos eles utilizam elementos tão valiosos como perigosos', disse o diretor do Centro Internacional de Tecnologia Ambiental do Pnuma, Keith Alverson.
'Temos que pensar detidamente e implementar soluções para os resíduos eletrônicos, já que permaneceremos nos beneficiando cada vez mais dos bens e serviços que a tecnologia nos provê', afirmou.
Em escala internacional, revelou o Pnuma, entre 60 e 90% dos resíduos eletrônicos são comercializados ou descartados ilegalmente, com frequência com a participação de grupos criminosos trasnacionais.
'É ilegal exportar resíduos eletrônicos, mas as redes extensas de contrabando classificam os resíduos como artigos de segunda mão e os jogam em lugares como Ghana, Índia, Paquistão e Brasil', expôs o chefe da Unidade de Resposta Rápida do Centro Norueguês de Análises Globais, Christian Nellemann, em um relatório do Pnuma.
Investigações do Painel Internacional de Recursos averiguaram que, em escala mundial, o aproveitamento dos resíduos tem sido consistentemente baixo: de 60 metais estudados, só um terço tem uma taxa de reciclagem que supera 50% e esse indicador é inferior ao um por cento no caso de 34 elementos.
'Precisamos abordar o círculo completo, estabelecer sistemas de reciclagem, formalizar e subsidiar os sistemas irregulares de manejo', aconselhou Nellemann.
Cerca de quatro mil pessoas, entre chefes de estado e de governo, ministros, outros representantes governamentais, cientistas e ativistas voltaram a discutir o tema em um fórum global, realizado de 4 a 6 de dezembro na capital do Quênia.
A Terceira Assembléia das Nações Unidas sobre Meio ambiente enfatizou em Nairobi que a melhora ambiental no planeta exigirá mudanças no ciclo produção-consumo-dejeito e implementar medidas para eliminar emissões de gases tóxicos e a deterioração de recursos naturais.
Para o ministro de Meio ambiente e Energia da Costa Rica, que é também presidente da Assembleia, Édgar Gutiérrez, 'a maneira como o processo de produção e consumo tem gerado poluição deve ser corrigido'.
'Com as promessas feitas aqui, comentou, estamos enviando uma poderosa mensagem de que escutaremos a ciência, mudaremos a maneira em que produzimos e consumimos, e abordaremos a poluição em todas suas formas em todo o mundo'.
Se as metas expostas forem cumpridas, 1,49 bilhões de pessoas poderiam respirar um ar de melhor qualidade ou puro, 30% do litoral no mundo estaria limpo e se disporia de 18,6 bilhões de dólares para pesquisa, calculou o Pnuma.
A cada dia, nove pessoas em cada 10 respiram um ar que ultrapassa as recomendações da Organização Mundial de Saúde e mais de 17 mil morrerão prematuramente por causa disso, ilustrou o texto aprovado em Nairobi.
A declaração da conferência argumentou que a luta contra a poluição exige o compromisso e a liderança de governos, mas também a participação do setor privado, das organizações internacionais, da sociedade civil e dos cidadãos.
Especialmente, fez um chamado a promover medidas fiscais, incluindo incentivos, para estimular mudanças positivas, levando em consideração a importância de reduzir ao mínimo a poluição e investir em 'soluções mais sustentáveis e ecologicamente racionais'.
*Jornalista da Redação Econômica da Prensa Latina.
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