‘Durante janeiro e fevereiro deste ano foram seis semanas consecutivas de diminuição de infectados; porém, agora temos dias consecutivos de aumento e um mês de mais mortes em todo o mundo’, disse o diretor geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na sessão virtual, o especialista reafirmou que a complacência e a inconsistência nas medidas de saúde pública impulsionaram a alta transmissão do vírus SARS-CoV-2, que causa o Covid-19.
Ele destacou que uma abordagem coerente, coordenada e abrangente é necessária e enfatizou que as vacinas Covid-19 são uma solução vital e poderosa; mas não o único.
‘Distanciamento físico, máscaras, lavagem das mãos, ventilação, vigilância, testes, rastreamento de contato, isolamento, quarentena de suporte e cuidados – tudo funciona para parar infecções e salvar vidas’, disse ele.
Por sua vez, a chefe técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, pediu à mídia mais manchetes sobre a necessidade de intensificar as medidas de saúde e as ferramentas disponíveis até o momento para prevenir infecções.
‘Estamos em um ponto crítico da pandemia agora. A trajetória é de alta e por sete semanas consecutivas são notificados mais de 4,4 milhões de casos a cada sete dias; no ano passado foram apenas 500 mil nos mesmos períodos’, enfatizou.
Sobre as vacinas da Covid-19, o conselheiro da OMS Bruce Aylward disse que a organização está na fase final de avaliação de dois dos candidatos chineses: Sinovac e Sinopharm. ‘Esperamos ter resultados no início de maio’, explicou.
Van Kerkhove lembrou que todos os profissionais de saúde, independentemente de onde trabalhem, devem ter prioridade para receber imunizações.
Por sua vez, Adhanom reiterou que a OMS não quer confinamentos sem fim, mas sim ver a reabertura de sociedades e economias, a retomada das viagens e do comércio.
Ele ressaltou que essa normalidade pode retornar com um esforço concertado para aplicar medidas junto com a equidade da vacina e, assim, será possível controlar a pandemia em questão de meses.
‘Alcançar ou não depende de ações do governo e de cada pessoa. A decisão é nossa’, concluiu.
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