Nas condições restritivas da Covid-19, a iniciativa do Ministério das Relações Exteriores (Mirex) ganha maior conotação em termos de divulgação das facilidades em infraestrutura e regulamentação legal para atração de negócios com participação de capital estrangeiro.
O convite da chancelaria contou esta terça-feira com representantes de nações europeias e africanas, sob o espírito da diplomacia económica, norma fundamental da política externa do Executivo chefiado pelo presidente, João Lourenço.
De acordo com o Secretário de Estado da Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, o quadro de estabilidade política do país constitui um importante trunfo para atrair investimentos duradouros que ajudem a substituir as importações, a promover os produtos exportáveis e a diversificar a economia nacional.
O executivo está empenhado em reduzir a dependência do petróleo e dos diamantes, daí o compromisso de diversificar a estrutura produtiva interna, afirmou o governante ao iniciar o intercâmbio com diplomatas no ZEE na véspera.
Por ocasião da visita, a direcção do enclave montou uma exposição sobre as ofertas de cerca de vinte empresas sediadas na zona, cujas produções vão desde os sortidos industriais até aos agro-alimentares.
De acordo com a agência angolana de investimento privado e promoção das exportações, a ZEE atraiu mais de três mil milhões de dólares em projectos nos últimos três anos, com a adição de propostas de empresas nacionais e estrangeiras.
O director do enclave, Henrique da Silva, especificou que em 2020 o valor do investimento foi de 120 milhões de dólares, o que representou um retrocesso face aos períodos anteriores, devido ao impacto da pandemia Covid-19.
Dotada de vantagens fiscais, a demarcação conta com 21 reservas flexíveis, sete das quais industriais, seis agrícolas e oito mineiras, distribuídas entre os concelhos de Luandes Viana, Cacuaco e Icolo e Bengo, e os concelhos de Dande e Ambriz, da vizinha província do Bengo.
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