Segundo nota publicada no site do Pentágono, Austin fez a declaração em Berlim, após se encontrar com o seu homólogo alemão Annegret Kramp-Karrenbauer, que respondeu que esta disposição dos EUA é ‘um forte sinal’ do estado das relações bilaterais.
Austin disse que as unidades suplementares ‘irão fortalecer a dissuasão e defesa na Europa, melhorar nossas habilidades existentes para prevenir conflitos e, se necessário, lutar e vencer’.
A decisão anunciada pelo chefe do Pentágono surge em meio a reclamações da Rússia sobre um aumento das atividades bélicas de Washington e seus parceiros na aliança atlântica perto de suas fronteiras, o que segundo Moscou constitui uma ameaça à sua segurança nacional.
Em fevereiro passado, o presidente dos EUA, Joe Biden, suspendeu a retirada das 12.000 tropas da nação do norte da Alemanha, ordenada por seu antecessor, Donald Trump, e ordenou que o Departamento de Defesa conduzisse uma revisão de como enviar as forças dos EUA por todo o país.
A mudança interrompeu um projeto do governo Trump, que muitos especialistas em segurança nacional consideraram punitivo, de trazer algumas tropas americanas da Alemanha para casa e mover outras unidades para a Bélgica e Itália.
Essa disposição irritou os líderes europeus aliados de Washington e os legisladores democratas e republicanos, que veem a presença de tropas americanas na Europa, e especialmente na Alemanha, como a pedra angular da ordem pós-Segunda Guerra Mundial, observa o jornal The New York Times.
Em retaliação às disputas comerciais e após considerar insuficientes os gastos de Berlim com suas forças armadas, Trump relatou em junho passado que reduziria o número de soldados em solo alemão.
O plano do ex-governante republicano também incluía a transferência do Comando Europeu das Forças dos Estados Unidos de Stuttgart, Alemanha, para a Bélgica.
Em território alemão, uma das maiores concentrações das forças armadas dos EUA foi tradicionalmente implantada no exterior e agora hospeda 87 instalações militares com 33.948 militares da nação do norte em serviço ativo.
Trump entrou em confronto repetidamente com a chanceler alemã Angela Merkel, acusando as autoridades de Berlim de aproveitar a aliança da OTAN para evitar gastar 2% de seu produto interno bruto na defesa.
mem/rgh/kl