‘Ainda recebo ameaças, mesmo depois de uma mudança na administração’, disse o especialista em imunologia e diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas por quase 40 anos, também assessor de saúde do novo presidente, Joe Biden.
Em sua entrevista à emissora pública de rádio e televisão para a comunidade francófona da Bélgica, ele destacou que milhões de americanos seguem Trump com fervor, e quem se atreve a contradizê-lo acaba sendo ameaçado como ele.
Durante sua gestão na Casa Branca, entre janeiro de 2017 e o mesmo mês de 2021, o magnata do mercado imobiliário surpreendeu o mundo com comentários e ações que alimentaram divisões internas e fenômenos como o racismo, cenário também presente no ano passado após o surgimento do Covid-19, em que ele desafiou e criticou publicamente Fauci.
Para o renomado especialista de 80 anos, a divisão política nos Estados Unidos complicou a resposta à pandemia no norte do país, de longe o mais atingido pela doença, com 32 milhões de casos e 577 mil mortes.
Sobre suas diferenças com Trump, afirmou que sempre procurou contar a seus conterrâneos e ao resto do mundo a verdade sobre o Covid-19.
Para Fauci, a situação deveria se normalizar a partir do outono em seu país, mas ele insistiu na ameaça que as cepas mutantes do coronavírus SARS-CoV-2 representam ao planeta.
Atualmente, vivemos uma corrida contra o tempo entre a vacinação e as variantes, incluindo o B117, originário do Reino Unido, que parecem se espalhar mais efetivamente de pessoa para pessoa, dificultando o controle da pandemia, frisou.
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