Apresentei a minha renúncia ao Presidente da República, Sua Excelência Jovenel Moïse. Foi uma honra servir meu país como primeiro-ministro, escreveu ele na rede social Twitter.
Agradeceu também aos membros do Governo e aos parceiros técnicos e financeiros pela sua colaboração. Que Deus abençoe o Haiti!, conclui a breve mensagem.
A renúncia de Jouthe ocorre em um momento de forte tensão política e em meio a planos de reforma constitucional e eleições gerais promovidas pelo chefe de Estado, apesar de não haver um consenso mínimo entre as forças rivais.
A oposição e um grande número de plataformas sociais rejeitam as eleições e o referendo para modificar a Carta Magna, mantendo que o mandato constitucional de Moïse terminou em 7 de fevereiro.
Desde aquela data, cresceram as mobilizações antigovernamentais exigindo a saída do governante do Palácio Nacional e o estabelecimento de um governo transitório capaz de estabilizar a pequena nação caribenha.
Em meados do mês passado, o agora ex-primeiro-ministro ameaçou deixar o cargo e encaminhou carta de demissão ao chefe de Estado sem marcar data.
Uma fonte próxima ao Palácio Nacional disse na época que Jouthe estava sempre pronto para partir, ‘se a sua saída puder facilitar ou melhorar a coerência do governo’.
Jouthe é o quinto primeiro-ministro desde que Moísse assumiu o cargo, em fevereiro de 2017, e foi nomeado para o cargo em março do ano passado, sem ter sido empossado pelo já disfuncional Parlamento.
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