Em repetidas ocasiões, desde o início da pandemia, as máximas autoridades da organização multilateral destacaram a necessidade de considerar essas vacinas como um bem público global.
Por isso, o evento Ecosoc vai discutir formas de fechar a lacuna de financiamento e maximizar o fornecimento, acessibilidade e distribuição de doses em todo o mundo, de acordo com seus organizadores.
Da mesma forma, tratará do tipo de medidas a serem tomadas para fortalecer as capacidades, infra-estrutura e preparação dos países para a distribuição de vacinas e preparação contra outras crises sanitárias.
Na véspera, o diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, pediu aos Estados e às empresas farmacêuticas uma série de medidas para aumentar a produção de vacinas e distribuí-las de forma mais equitativa.
Além disso, o diplomata nigeriano, que assumiu a liderança da OMC em março passado, convocou produtores, governos e organismos internacionais para uma reunião a portas fechadas para melhorar a distribuição, já que apenas 0,2% dos 800 milhões de doses distribuídas chegaram aos países pobres.
Ele também defendeu a redução das restrições às exportações e o avanço nas negociações sobre a proposta da Índia e da África do Sul com o objetivo de suspender temporariamente as patentes que protegem as vacinas.
Okonjo-Iweala exortou os fabricantes dessas doses a aumentar a transferência de tecnologia para que haja mais capacidade de produção, e pediu mais transparência nos contratos e preços.
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