Com a confirmação, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) recuperou os direitos políticos e poderá participar das eleições de 2022.
Dos 11 juízes que compõem o tribunal superior, oito concordaram em manter a invalidade das sentenças e três manifestaram-se contra ela.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal da zona sul de Curitiba para julgar os processos contra o ex-líder operário.
No dia 8 de março, o magistrado Edson Fachin considerou aquele público inepto para processar os casos do apartamento triplex Guarujá e do sitio de Atibaia, além de dois processos envolvendo o Instituto Lula.
No entendimento do plenário, o ex-juiz Sérgio Moro, declarado suspeito de parcialidade pelo STF, não poderia ter julgado os processos contra Lula.
A decisão culmina com a anulação das sentenças proferidas contra o ex-presidente que regressa definitivamente à esfera político-eleitoral.
Nesse sentido, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, qualificou a determinação da mais alta corte como um dia histórico.
O Supremo Tribunal Federal ‘confirma os direitos de Lula! Dia histórico. Demorou muito, mas chegou’, escreveu Hoffmann nas redes sociais.
Ela alertou que ainda há muitas ações a serem tomadas, mas a incompetência de Moro foi o passo fundamental para isso, o primeiro pedido da defesa.
‘Obrigado a todos que estiveram ao nosso lado nessa luta. Parabéns Lula!’, Dedilhou o líder do PT.
Mais cedo, em manifestação, a parlamentar destacou o papel desempenhado pela defesa jurídica, composta pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, que ‘nunca recuaram dos obstáculos, e a todos aqueles que alguma vez participaram na defesa’.
Para a líder partidária, a decisão do STF ‘devolve ao país e ao nosso povo a esperança de que o futuro pode, deve e será melhor … Justiça para Lula é justiça para o Brasil’, frisou.
Na mesma linha, a defesa do ex-presidente considerou que a decisão do STF restaura a credibilidade da Justiça brasileira.
Investigações divulgadas na semana mostram que o ex-líder sindical tem 52 por cento da intenção de votos contra um 34 do presidente Jair Bolsonaro em um possível segundo turno das eleições do ano que vem.
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