A plenária do evento partidário começou ontem com a presença do primeiro-secretário do PCC, Raúl Castro, e do presidente da nação caribenha, Miguel Díaz-Canel.
O conclave, que vai até 19 de abril, conta com um total de 300 delegados, que se organizam em três comissões para debater questões centrais do país.
Em seu informe da Central, Raúl Castro percorreu os principais desafios da nação caribenha do ponto de vista econômico, o confronto com a Covid-19, a política externa e a denúncia dos planos de subversão contra Cuba, entre outros.
O primeiro-secretário reiterou que os Estados Unidos são a maior ameaça à paz e à segurança mundiais, o que explica o peso do bloqueio imposto por Washington à ilha há seis décadas.
Também se referiu à mudança geracional dentro da organização política, anunciou sua demissão da chefia do Comitê Central do PCC e expressou sua confiança nas lideranças mais jovens.
O conclave coincide com o 60ú aniversário da proclamação do caráter socialista do processo revolucionário cubano e a derrota da invasão mercenária de Playa Girón, armada e financiada por Washington.
Durante esta semana, o aumento da incidência do Covid-19 que o país vive também foi notícia, com uma média de mil novas infecções por dia na primeira quinzena de abril.
As autoridades insistiram na importância do cumprimento das medidas estabelecidas como o distanciamento social e o uso de máscaras, o atendimento personalizado do Governo e do Ministério da Saúde Pública aos eventos ativos e o correto isolamento dos contatos de casos positivos, entre outros.
Além disso, Cuba anunciou que contará com 27 Laboratórios de Biologia Molecular para o diagnóstico de pacientes com Covid-19, distribuídos em todas as províncias do país.
Outro acontecimento importante desta semana foi a nomeação de dois novos ministros: Ydael Jesús Pérez como chefe da Agricultura e o General Álvaro López Miera, como chefe das Forças Armadas Revolucionárias.
Do mesmo modo, o Governo aprovou um pacote de 63 novas medidas para estimular a produção alimentar e garantir a segurança alimentar, 30 das quais prioritárias e algumas imediatas.
Segundo o vice-primeiro-ministro Jorge Luis Tapia, trata-se de resolver os problemas estruturais, organizacionais, produtivos e econômico-financeiros de uso e ocupação do solo, que dificultaram a obtenção de elevados rendimentos e produtividade do setor agrícola, e que não têm permitido para atender às demandas da população em termos de alimentos.
O que foi aprovado inclui também aspectos relacionados com os preços de insumos e alguns produtos agrícolas, o processo de contratação de mão de obra, comercialização, a promoção de projetos de desenvolvimento local, a implementação de medidas financeiras e o pagamento de taxas.
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