Segundo o jornal Correio Braziliense, a viagem foi acertada na semana passada após conversa telefônica entre o presidente Jair Bolsonaro e seu homólogo russo, Vladimir Putin, que abordou as dificuldades que a Anvisa encontrou para acessar os dados necessários para a autorização de uso emergencial.
Em nota, o órgão regulador explica que os examinadores visitarão a partir de segunda-feira as fábricas da empresa Generium, na cidade de Vladimir, e da UfaVita, em Ufa, as duas empresas que hoje produzem a Sputnik V.
O objetivo é que os inspetores avaliem a documentação da vacina e os relatórios clínicos sobre sua eficácia.
As inspeções acontecem até o dia 23 de abril e o grupo volta ao Brasil no dia seguinte.
Vários estados brasileiros solicitaram o uso emergencial do imunizador russo. No entanto, é necessária a aprovação da Anvisa para aplicar a dose.
A expectativa do governo brasileiro é que a viagem sirva para o órgão certificar as fábricas e também ter acesso aos documentos necessários para a autorização de uso emergencial, que ainda não foram entregues.
Nesse sentido, foram mencionados os dados da investigação clínica da fase três e do acompanhamento dos eventos adversos após a aplicação da vacina.
O Ministério da Saúde fechou contrato para a compra de 10 milhões de doses do Sputnik V, mas o antídoto não pode ser importado sem autorização da Anvisa.
Da mesma forma, governos estaduais acertaram com a empresa Unión Química, responsável pela produção do medicamento no Brasil e na América Latina, a compra do imunizante e governadores pressionam para que seja liberado e tenham acesso.
As autoridades regionais pretendem realizar a importação com base na lei 124/2021, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, que permite que qualquer medicamento anti-Covid-19, aprovado por órgãos reguladores de outros países, seja utilizado em território nacional.
Para o governador do estado do Piauí (nordeste), Wellington Dias, o Sputnik V é muito importante para o atual momento do gigante sul-americano, ainda mais quando é seguro, eficaz e é utilizado em 58 nações.
Até o momento, o Brasil acumula 368 mil 749 mortes e 13 milhões 832 mil 455 infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador do Covid-19.
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