Este documento, aprovado pela primeira vez na reunião partidária de 2011, constitui a base das medidas socioeconômicas adotadas pela nação caribenha e traça, por exemplo, o percurso da chamada Tarefa de Ordenação que vem sendo aplicada desde 1ú de janeiro.
Esta proposta de resolução e outra sobre a conceituação do modelo econômico e social cubano de desenvolvimento socialista serão discutidas e aprovadas durante a sessão plenária deste conclave que se estenderá até 19 de abril.
Por outro lado, a comissão que avalia estas questões abordou também os temas centrais do Relatório Central apresentado ontem pelo primeiro secretário do PCC, Raúl Castro.
Na opinião do vice-primeiro-ministro, Jorge Luis Tapia Fonseca, o texto inclui temas transcendentais ‘nos quais não podemos errar e nos deixa traçados o caminho para o futuro’.
Quanto à necessidade de aumentar a eficiência do sistema empresarial e da produção em Cuba, questões também expostas no relatório do primeiro secretário, os delegados concordaram sobre a importância de uma decolagem antecipada.
‘Muitas vezes por falta de recursos, em vez de nos concentrarmos em buscá-los e trabalhar com eficiência, dizemos que não há dinheiro e que isso não pode ser feito’, sublinhou o vice-primeiro-ministro, Alejandro Gil.
O também chefe de Economia e Planejamento defendeu o banimento dessa mentalidade e pediu a aplicação de ideias que permitam gerar, ao invés de pedir.
Por sua vez, a Vice Primeira Ministra, Inés María Chapman, exortou toda a militância a trabalhar em conjunto e debater o Informe Central na base e instou a que cada um cumpra o papel que lhe é atribuído para alcançar a defesa da sociedade socialista.
Os delegados asseguraram ainda que a disciplina, o combate à ilegalidade e a corrupção são também elementos prioritários para aumentar a eficiência do sistema empresarial.
Durante este segundo dia, outras comissões debateram sobre o funcionamento do Partido, a sua estrutura, o papel das novas gerações e o trabalho ideológico na organização política.
Sobre esta questão, os participantes do conclave destacaram a importância da cultura e do domínio da história face aos planos de subversão contra a ilha.
‘A grande maioria dos artistas e intelectuais cubanos tem acompanhado o processo revolucionário, por isso não se confunda nas redes sociais, por mais eficientes que pareçam, aqui a Revolução está na rua e no coração do povo’, disse o renomado escritor Miguel Barnet.
Por sua vez, o diretor da Casa de las Américas, Abel Prieto, destacou que a crise contemporânea e cultural está voltada para transmitir uma mensagem sobre a importância do presente, ‘fazer crer que tudo o que é velho foi descartado, é algo que passou fora de moda e este é um elemento que o inimigo usa. ‘
O congresso do PCC é o acontecimento político mais importante da ilha e esta oitava edição coincide com o 60ú aniversário da proclamação do caráter socialista do processo revolucionário e a derrota da invasão mercenária de Playa Girón, armada e financiada pelo Estados Unidos.
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