Castillo chegou da região andina do Norte de Cajamarca ao único território em que a sua rival a superou na pesquisa divulgada ontem à noite e foi a um local de seu partido, o Peru Libre, para se encontrar com líderes da organização.
O professor rural transmitiu uma curta mensagem em vídeo sobre sua vitória no primeiro turno presidencial no último domingo, registrada antes dos resultados da pesquisa da empresa Ipsos sobre as preferências para o segundo turno, na qual derrotou sua adversária por 42 a 31 por cento.
No discurso, em tom sereno e firme, garantiu que respeitará a atual constituição (neoliberal) até que o povo expresse sua vontade, alusão ao referendo sobre a convocação de uma assembleia constituinte popular para a redação de uma nova constituição.
Ele especificou que respeitará a constituição atual ‘até que o povo emane sua própria vontade, de modo que o que vier do povo, com um governo do povo, funcione para o povo’.
Castillo manifestou seu desacordo com a realização de uma campanha de ataques e golpes rasteiros para o segundo turno a ser realizado em 6 de junho, e garantiu que prescindirá dessas armas.
‘Acreditamos ser importante que neste cenário político tenhamos que trabalhar e propor politicamente as grandes propostas ao país, a partir das grandes necessidades’, disse.
O humilde professor rural e agricultor de um pequeno município de Cajamarca, encerrou sua mensagem com o slogan de sua campanha: ‘Chega de pobres em país rico’.
Nas eleições de 9 de abril, Castillo obteve o primeiro lugar com 19,9 por cento dos votos válidos, enquanto Fujimori o acompanhou com 13,3 por cento, contra as previsões de todos os pesquisadores.
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