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Cuba e os EUA vingança após Playa Giron

Cuba e os EUA vingança após Playa Giron

Havana, 19 abr (Prensa Latina) Não 70 horas após a invasão de Cuba, o canhão autopropulsado no qual Fidel Castro viajava chegou hoje diante do último reduto de atacantes em Playa Giron 60 anos atrás.

Dos 1.500 soldados da Brigada 2506 treinados pelo governo dos Estados Unidos, cerca de 1.200, a maioria exilados cubanos, permaneceram para serem feitos prisioneiros.

De acordo com pesquisas históricas, a chamada Operação Plutão herdada pelo presidente John F. Kennedy da administração de Dwight Eisenhower falhou, e a primeira grande derrota militar do imperialismo norte-americano na América ocorreu.

Em 24 de abril de 1961, o presidente dos EUA reconheceu o envolvimento de seu governo nos eventos e a partir de então Washington elaborou novas estratégias para pôr um fim à jovem Revolução a 90 milhas.

‘Os irmãos Kennedy encarregaram a CIA de realizar um programa intensivo contra o regime Castro, responsável pela humilhação dos Estados Unidos’, escreveu William ‘Bill’ Colby, chefe daquela agência de inteligência de 1973 a 1976, em suas memórias.

De fato, em 30 de novembro de 1961, o presidente dos EUA aprovou a Operação Mangustoé, o maior plano subversivo orquestrado contra Cuba, responsável por cerca de 5.000 atos de sabotagem e atos terroristas na ilha em menos de 10 meses.

Enquanto isso, os prisioneiros de Playa Girón foram acusados de traição, julgados e, após algum tempo na prisão, começaram a fazer trocas para devolvê-los aos Estados Unidos em troca de indenização.

‘O incrível é que o advogado que negociou comigo, a CIA tentou usá-lo para me trazer de presente um fato de mergulho que estava impregnado de fungos e bactérias suficientes para me matar’, disse Fidel Castro em uma entrevista com o jornalista Ignacio Ramonet.

O líder histórico se referia a James Donovan, que viajou pela primeira vez à ilha em agosto de 1962 e com quem se chegou a um acordo para receber uma compensação de cerca de US$ 52 milhões em alimentos e remédios em troca dos invasores.

‘Tivemos mais de 150 mortos e centenas de feridos’ entre as tropas cubanas durante o ataque a Playa Giron, disse Fidel Castro e enfatizou que, no entanto, ‘não houve um único golpe’ contra os prisioneiros.

Alguns membros dessa brigada de assalto 2506 ainda estão vivos, participaram de outras ações agressivas contra seu país de origem, apoiaram o Presidente Donald Trump (2017-2021) em sua guerra econômica de asfixia da ilha e, 60 anos depois, ainda estão esperando para ver a queda do governo revolucionário.

Sucessivas administrações americanas continuaram com o mesmo objetivo, codificaram legalmente o bloqueio da ilha com a Lei Helms-Burton (1996) e, de acordo com o site Cuba Money Project, nas últimas três décadas alocaram mais de 261 milhões de dólares para a subversão.

jf/idm/glmv

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