Em meio à incerteza de muitos pais e ao desconforto gerado pela portaria que manda continuar as aulas, por desconhecimento de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) do Executivo Nacional, os educadores ratificaram a medida de força, após constatar que hoje a prioridade é saúde e vida.
‘Diante da insistência da prefeitura em manter as escolas abertas com aulas presenciais, fizemos uma greve’, disse o sindicato da União dos Trabalhadores na Educação (UTE) da capital.
Em declarações à imprensa, Eduardo López, Secretário-Geral Adjunto da UTE, ratificou o apoio às medidas tomadas pelo Executivo do Presidente Alberto Fernández e lembrou que apenas no primeiro mês de presença ocorreram 1.250 casos de Covid-19 nas escolas.
Até agora, disse ele, cinco mil e seis professores, não professores e alunos foram infectados com o coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença.
Outros sindicatos também aderiram à manifestação, como a Seção de Buenos Aires da União Argentina de Professores Particulares (Sadop), que anunciou o cumprimento do decreto presidencial que determinava o retorno à virtualidade por duas semanas.
Esse sindicato especificou que hoje realizará a retenção das tarefas presenciais e retornará à virtualidade, conforme determina a medida oficial. ‘É uma lei nacional e, como qualquer lei, deve ser cumprida e ninguém pode obrigar os trabalhadores a não cumpri-la’, afirmou.
Os professores exigem que sejam cumpridos os 15 dias de medidas preventivas ordenadas pelo Executivo.
A decisão do governo de Buenos Aires de avançar com aulas presenciais é rejeitada por uma ampla gama de funcionários, grupos políticos e grupos de direitos humanos.
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