Embora as autoridades sanitárias garantam que o programa de imunização está indo bem, ao mesmo tempo reafirmam o chamado à população de todas as idades que já foi convocada a receber o antídoto, cuja relutância em se vacinar pode prejudicar o cronograma previsto.
O Departamento de Estatística e Informação do Ministério da Saúde (DEIS) revelou que 5,8 milhões de pessoas com mais de 50 anos foram convocadas para receber a vacina, mas até quinta-feira 1.002.549 não compareceram aos centros autorizados em todo o país para ser vacinado.
A respeito, a subsecretaria de Saúde, Paula Daza, declarou à imprensa que no Ministério esperam um alcance de 80% por cada grupo etário, e que dos chamados só os de 50 anos estão abaixo da meta, até agora.
Alguns especialistas propõem aproximar de alguma forma a campanha dos centros de trabalho, para que os trabalhadores possam receber o imunizante contra a Covid-19 e também dos setores mais jovens quando chegar a sua vez, para manter o ritmo acelerado das primeiras semanas.
O Chile iniciou esse programa em fevereiro e, desde então, mais de 7.800.000 pessoas foram vacinadas com pelo menos uma dose, mas com o passar das semanas e correspondendo a faixas etárias mais jovens, a ida aos centros de saúde diminuiu.
Em declarações à Cooperativa.cl Gabriel Cavada, do programa de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade do Chile, considerou que se a desaceleração desse processo continuar, o cumprimento dos objetivos do governo está em perigo.
Cavada concordou com outros especialistas ao alertar sobre a possibilidade de que a previsão das autoridades sanitárias de ter 15 milhões de pessoas protegidas até o final de junho seja adiada até setembro e até depois.
Por sua vez, Ignacio Silva, acadêmico especialista em doenças infecciosas da Universidade de Santiago, destacou a importância de imunizar os que estão atrasados com mais de 50 anos, já que este grupo é o que mais corre o risco de sofrer de Covid-19 com graves consequências.
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