São Vicente confirmou nas suas redes sociais que o Governo está decidido a realizar o referendo constitucional, com vista à aprovação de uma nova constituição e ao estabelecimento de uma condução eleitoral segura que permita aos cidadãos votar democraticamente nos seus dirigentes.
Na véspera, o governante reuniu-se com membros do Conselho Eleitoral Provisório, estrutura responsável pelas eleições e pelo referendo e discutiu o Plano de Segurança Nacional.
No entanto, nas ruas o dia foi marcado por protestos populares desiguais que denunciaram a onda de violência em todo o país, principalmente na capital, além da multiplicação de sequestros.
Alunos da Faculdade de Medicina e Farmácia da Universidade Estadual mobilizaram-se contra o sequestro de um professor, enquanto na Rua Nazon, muito perto do aeroporto internacional, moradores bloquearam o município e exigiram que as autoridades assumissem suas responsabilidades.
Pelo menos 10 pessoas foram sequestradas na semana passada no Haiti e, em meados de abril, um número igual de religiosos e leigos foram sequestrados em Croix des Bouquets, a cerca de 10 quilômetros de Porto Príncipe.
Também na segunda-feira, um ataque armado em Cité Soleil, uma comuna desfavorecida na entrada norte da capital, deixou pelo menos três mortos, incluindo uma adolescente grávida.
Diante desse cenário, o Core Group, que reúne embaixadores da América Latina e da Europa e representantes das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos, manifestou preocupação com o clima de violência e a falta de acordo sobre o projeto constitucional e eleições.
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