Ao se dirigir à audiência nacional, o presidente afirmou que os signatários do acordo pré-eleitoral assinado em 17 de setembro de 2020 devem sentar-se imediatamente à mesa de negociações para a implementação desse mecanismo.
De acordo com este pacto, a Comissão Nacional Eleitoral deve propor eleições diretas, por sufrágio universal.
O acordo também contempla a formação de uma comissão responsável pelas eleições presidenciais e aspectos relacionados à segurança desse processo, transformações nos comandos da Polícia e do Exército e limitação de poderes do atual poder executivo.
Como passo prévio às negociações com organizações de oposição, em seu discurso o presidente disse que no próximo sábado comparecerá ao parlamento para obter sua aprovação para o início do processo eleitoral.
A afirmação do presidente Abdullahi Mohamed, conhecido como Farmajo, ocorre em meio a confrontos entre forças do governo e milícias que defendem setores contrários ao Executivo em Mogadíscio, na capital, e em outras partes desse território.
As ações violentas, ocorridas nas últimas horas, causaram a morte de três pessoas, incluindo dois policiais, segundo fontes médicas.
Dentro do território somali, o descontentamento popular aumentou recentemente depois que a Câmara Baixa do Parlamento aprovou a extensão do mandato de Farmajo por dois anos, que expirou oficialmente em 8 de fevereiro.
A Somália é hoje considerada um país dividido, sem um governo central forte, no qual vários clãs controlam parte do poder, situação agravada após a derrubada em 1991 pelas alianças guerrilheiras do então presidente Mohamed Siad Barre.
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