Embora o governo diga que não há conexão entre a introdução da iniciativa e a ação terrorista da última sexta-feira no departamento do norte de Yvelines, a mídia insiste em ligá-los, relatando que o executivo retomou o texto impulsionado pelo crime cometido por um tunisino radicalizado.
O projeto procura fortalecer uma lei adotada em 2017 para combater o flagelo, e inclui maiores facilidades para a autorização de visitas a casas durante investigações por terrorismo, o fechamento de locais de culto ligados a atividades suspeitas e o uso de algoritmos para rastrear dados pessoais.
Também prevê uma extensão da vigilância das pessoas condenadas por terrorismo que são libertadas da prisão e a possibilidade de limitar os direitos de reunião dos indivíduos em casos particulares de ameaça.
O Ministro Darmanin defendeu em declarações à estação de rádio France Inter a necessidade de reforçar a lei antiterrorista, com argumentos como o fato de que os responsáveis pelos últimos nove ataques em solo francês não tinham registros nos serviços de inteligência.
Segundo o oficial, o rastreamento pela Internet é uma ferramenta importante, que ajudou a evitar dois dos 35 ataques frustrados no país em 2017.
O governo insiste que a ameaça permanece latente e a complexidade do fenômeno, da ação de extremistas locais e dos chamados ‘lobos solitários’, pessoas sem vínculos conhecidos com organizações terroristas.
Desde janeiro de 2015, mais de 250 franceses perderam suas vidas por atos terroristas, o que também deixou milhares de feridos e traumatizados. mem/wmr/bm