Em seu relatório Antecipando Crises, Preparar e Responder – Investindo em Sistemas Resilientes Hoje, a maior autoridade do mundo em questões trabalhistas alertou sobre a necessidade de investir em infraestrutura de segurança e saúde ocupacional (SST) e integrá-la aos planos de preparação e planejamento e resposta à crise em nível nacional.
Trata-se, destacou o documento, de cuidar dos trabalhadores e facilitar a continuidade da atividade empresarial.
Desde o surgimento da pandemia da Covid-19, trabalhadores em setores específicos, particularmente aqueles em cuidados de emergência, saúde e assistência social, têm trabalhado em uma situação particularmente vulnerável ao risco de infecção.
Dados fornecidos pela OIT indicam que 7.000 trabalhadores de saúde morreram desde o surgimento do SARS-Cov-2, e 136 milhões de serviços de saúde e assistência social estão em risco de serem infectados ou afetados em sua saúde mental por depressão e ansiedade, como já mostrado por um em cinco dessas pessoas.
Salienta ainda que, embora o teletrabalho tenha limitado a propagação da doença e contribua para a manutenção do emprego e da continuidade empresarial e para uma maior flexibilidade dos trabalhadores, dificultou a delimitação entre o horário de trabalho e a vida pessoal.
De acordo com a OIT, pequenas e microempresas muitas vezes lutam para atender aos requisitos oficiais de SST, já que muitas não têm recursos para enfrentar os desafios colocados pela pandemia.
Destaca ainda que parte dos 1,6 bilhão de pessoas que trabalham na economia informal, principalmente nos países em desenvolvimento, continuam a fazê-lo apesar do confinamento e das restrições de locomoção e interação social, com alto risco de contrair o vírus e sem proteção social como o direito a licença médica ou pagamento.
Conforme destacado no relatório, as normas internacionais fornecem diretrizes específicas sobre como enfrentar esses desafios e, consequentemente, mitigar o risco de disseminação da Covid-19 no trabalho.
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