5 de November de 2024
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Defensores da ONU para definir nova data para as eleições palestinas

Defensores da ONU para definir nova data para as eleições palestinas

Nações Unidas, 1 mai (Prensa Latina) O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, defendeu a fixação de uma nova data para as eleições legislativas na Palestina, após o adiamento dessas eleições.

Em nota, o representante das Nações Unidas indicou que marcar um dia para esse processo seria um passo importante para garantir aos palestinos que suas vozes serão ouvidas.

Muitos dos árabes anseiam por exercer seus direitos democráticos novamente depois de quase 16 anos sem eleições, disse o diplomata norueguês.

A realização de eleições transparentes e inclusivas em todo o território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, é essencial para renovar a legitimidade e credibilidade das instituições e restaurar o caminho da unidade nacional, ele considerou.

Wennesland pediu calma, moderação e abstenção de violência, e encorajou os líderes de todos os partidos a ‘reduzir as tensões e criar condições para a retomada do processo eleitoral’.

Diante dos obstáculos impostos por Israel, a potência ocupante, diante da votação em Jerusalém Oriental, o presidente palestino Mahmoud Abbas decidiu adiar as eleições legislativas em maio próximo.

O presidente divulgou nota na qual ressalta que essas eleições serão convocadas ‘quando o povo de Jerusalém Oriental puder participar’, segundo o acordo adotado ontem à noite durante reunião dos movimentos agrupados na Organização para a Libertação da Palestina, informou a agência de notícias WAFA.

Fizemos grandes esforços com a comunidade internacional para forçar o país ocupante a realizar a votação em Jerusalém, mas eles foram rejeitados, enfatizou Abbas.

A Autoridade Palestina adiou indefinidamente as eleições legislativas marcadas para 22 de maio devido à falta de permissão de Israel para votar em Jerusalém Oriental, indica o site oficial de notícias da ONU.

Em 1980, o Knesset (parlamento unicameral israelense) proclamou Jerusalém ‘a capital eterna e indivisível de Israel’, uma decisão contestada pela maioria da comunidade internacional e considerada ilegal pelas Nações Unidas.

A liderança palestina exige a criação de seu próprio estado com capital no leste de Jerusalém, cidade que os muçulmanos chamam de Al Queda e é a sede da mesquita Al Aqsa, um dos três lugares mais sagrados do Islã, uma religião com 1,5 bilhão de crentes em todo o planeta.

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