Após o anúncio do procedimento de apresentação de dossiê técnico sobre este gênero musical em 2022, o Governo retomou a iniciativa surgida há alguns anos por organizações civis com o objetivo de obter o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO ) e resgatar esta expressão artística de mais de nove décadas.
Segundo a Secretaria Nacional da Cultura, antecede a essa gestão que visa pesar os valores identitários do país, a inclusão em 2020 do tereré (bebida cotidiana com erva-mate) na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade.
Criada há quase 96 anos por José Asunción Flores, a guarânia se estreou como gênero instrumental e depois atingiu sua expressão máxima como um ritmo lento, influenciado por tendências como a bossa nova e o bolero.
Interpretada em duo e na língua guarani, como língua por excelência, essa música com elaboradas linhas melódicas e harmônicas representa para os paraguaios uma mensagem de encorajamento nos momentos de tristeza e espanto.
Catalogada por escritores e músicos como ‘alma paraguaia’, a guarânia é marcada pela história do país e pelos traços autóctones da nação, por isso, a aposta no gênero não é descabida, pois tem o apoio de todo um povo para que alcance o sucesso, afirmou a equipe responsável pelos procedimentos.
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