Em sua edição de segunda-feira, o jornal La Prensa advertiu que se o governo aceitasse a transferência para o empório energético da licença para construir uma usina termoelétrica de 670 Megawatts (MW) à base de gás liquefeito, atualmente detida pela empresa NG Power, a AES Panamá atingiria 1.900 MW de capacidade. A negociação está avançando apesar do fato de vários atores advertirem sobre o risco de um único agente ter controle da geração de eletricidade, incluindo Juan Antonio Brenes, da Câmara Panamenha de Geradores de Eletricidade, que advertiu que ‘é algo que deve ser estudado com muito cuidado antes de ser aprovado’, de acordo com a mídia.
Ele lembrou que o regulador estatal, a Autoridade Nacional de Serviços Públicos (ASEP), pode intervir caso haja uma possível posição dominante no mercado que afete outras empresas, pois não está claro entre os empresários se a licença da NG Power expirou, o que desqualificaria a operação.
O projeto mencionado está localizado em Telfers, na entrada atlântica do canal interoceânico, o que facilitaria o acesso de navios que transportam gás natural liquefeito para uso na geração e de navios que trabalham com este combustível considerado menos poluente do que os derivados diretos da refinação do petróleo.
Vários meios de comunicação concordam com o silêncio da ASEP sobre o assunto, apesar da insistência em buscar uma declaração após a aparição em cena da empresa Generadora de Gatun SA, que no Registro Público apresenta como presidente Juan Ignacio Rubiolo, que ocupa a mesma posição na AES México, América Central e Caribe.
A filial panamenha surgiu durante o processo de privatização realizado sob o governo do Presidente Ernesto Perez Balladares, através do qual a AES adquiriu as empresas de geração de energia Chiriqui, no oeste, e Bayano, no leste; ela também possui uma usina termoelétrica, várias hidrelétricas e administra um parque eólico.
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