Lula em Brasília terá uma semana de encontros ‘com forças políticas órfãs do fracasso e abandono de qualquer perspectiva de liderança do atual governo’ de Jair Bolsonaro, noticiou o renomado sociólogo Emir Sader em sua coluna no portal Brasil 247.
Ele comenta que o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) ‘não é uma alternativa para a esquerda, nem para as forças de centro e direita. Lula é a alternativa para o Brasil, como país, como nação’.
Sader especifica que o ex-líder sindical trocará opiniões com dirigentes de organizações de esquerda, centro e direita, ‘com alguns dos quais governou e outros desorientados, buscando um horizonte para seus partidos’.
Ele explica que cada vez mais formadores de opinião, alguns dos quais antes freneticamente anti-PT, como Reinaldo Azevedo e Felipe Neto, aderem a Lula como a única perspectiva de reconstrução do país, diante do quadro humanitário, econômico, catástrofe social e política naquele que está o Brasil.
Como alguns reconhecem, não é possível comparar o que o ex-dirigente sindical representa para o país e o que o Bolsonaro pode representar, indica o colunista.
Ele defende que ‘este veio destruir o que foi construído e ainda havia democracia, o Estado, a credibilidade política da presidência, uma convivência minimamente harmoniosa entre os três poderes da República’.
Destruiu, continua ele, o que restava do processo econômico, por meio de posições erráticas, entre a privatização e o esbanjamento dos órgãos do Estado.
Para Sader, em meio à pandemia ‘fica mais evidente que o atual governo não tem mais nada a dar ao país, não importa para onde você olhe’.
Resta o apoio da burguesia , que só está interessada na liquidação das empresas estatais a preços baratos, e dos fanáticos evangélicos, garante.
Ele acrescenta que se Bolsonaro tentar desmantelar o Estado, o ex-presidente representa a possibilidade de reconstruí-lo, de recuperar sua legitimidade perante os brasileiros.
‘É nesse cenário que Lula aparece não como uma alternativa de esquerda, não como uma alternativa para um conjunto de forças políticas, mas como a única alternativa para a reconstrução e salvação do Brasil’, diz o sociólogo.
Depois que a Suprema Corte anulou suas sentenças, o ex-presidente recuperou seus direitos políticos e pode se candidatar ao poder nas eleições de 2022.
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