As obras em andamento nas águas da zona econômica exclusiva da Alemanha foram suspensas após uma ação judicial movida pela organização não governamental União para a Proteção da Natureza (NABU), que está em vigor até o final deste mês, informou a agência de notícias.
O NABU informou na segunda-feira que entrou com uma ação no Tribunal Administrativo de Hamburgo contra uma licença de construção de gasoduto emitida em janeiro deste ano.
Outra organização ambientalista, a Deutsche Umwelthilfe (DUH), apresentou queixa semelhante a ela em 13 de abril, apesar do fato do regulador alemão BSH ter dito antes que a colocação dos tubos não representa uma ameaça à vida marinha.
O projeto Nord Stream 2 envolve a construção de duas linhas de um gasoduto com uma capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos por ano da costa da Rússia através do Mar Báltico até a Alemanha.
As obras foram suspensas em dezembro de 2019 depois que a Swiss Allseas abandonou a colocação de tubos devido a possíveis sanções dos EUA.
Após um hiato de um ano, a construção do oleoduto foi retomada em
dezembro de 2020 e atualmente está 95% concluída.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse no final de abril que há ‘muitos sinais de especulação política’ sobre o Nord Stream, quando vier, ele alertou, ‘um projeto puramente econômico que nada tem a ver com a atual situação política’.
O chefe do Departamento de Estado, Antony Blinken, exigiu que todas as entidades envolvidas no gasoduto se retirassem ‘imediatamente’ ou enfrentarão sanções do governo dos Estados Unidos.
A obra poderá ser concluída em setembro, afirmam seus dirigentes, embora a empresa Nord Stream 2 AG, responsável pela construção, tenha denunciado ações provocativas na área de lançamento de dutos.
O projeto duplica a capacidade do atual gasoduto, em operação desde 2012, e foi concebido para diversificar as rotas de abastecimento de gás russo à Europa e, sobretudo, para garantir a segurança energética europeia.
mem/mml/jcfl