No primeiro semestre do ano fiscal, o governo coletou 130,464 milhões de gourdes (US$ 1.529.473), um valor insuficiente para cobrir seus gastos, segundo um comunicado do Banco da República do Haiti (BRH).
Durante o mesmo período, o Estado desembolsou 154,032 milhões de gourdes (quase US$ 1.806.000), para um déficit fiscal de 33.108.050 gourdes (cerca de US$ 388.136), de acordo com aquela entidade.
O documento observa que no segundo trimestre do atual ano fiscal, a receita caiu 10,44% e passou de 25.293.066 gourdes (cerca de US$296.518) no final de dezembro para 22.652.066 gourdes (cerca de US$265.557) em março.
O montante representa uma taxa de cobrança de 68,3% das previsões, em comparação com 76,3% no trimestre anterior.
Embora a tímida recuperação econômica em nível global deva beneficiar as finanças nacionais, aumentando a demanda por bens exportáveis e remessas, o clima sociopolítico e a insegurança é o primeiro obstáculo para a recuperação das atividades econômicas, diz o relatório do BRH.
‘Esta situação tem levado muitas empresas a manterem uma atitude de espera e os lares a adiarem parte de seu consumo’, lamenta.
Apesar dos baixos indicadores, o déficit fiscal ainda não ultrapassa o teto de 39,307 milhões de gourdes (cerca de US$ 461 mil dólares) estabelecido no pacto de governança econômica, disse a instituição.
O relatório também observa que, nos primeiros três meses de 2021, o BRH injetou US$ 104,1 milhões no mercado de divisas em uma tentativa de estabilizar a taxa de câmbio, porém teve que modular suas intervenções para preservar as reservas internacionais líquidas.
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