‘Quero saudar esta decisão histórica do governo’ dos Estados Unidos, escreveu na rede social Twitter o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), defensor da igualdade de acesso aos antídotos desenvolvidos contra o coronavírus SARS-CoV-2, a causa do Covid-19.
Lula disse ontem à noite naquela plataforma que ‘desde 2020 temos defendido que a suspensão do monopólio de patentes é a única saída para a vacinação em massa de toda a população’.
Garantiu que ‘a saúde não pode ser comercializada’. A humanidade vencerá este vírus’, ele finalmente enfatizou.
Segundo o PT, a defesa da quebra de licenças representa uma mudança radical na tradição americana em relação à propriedade intelectual.
Indica que ‘coloca Biden, mais uma vez, no campo oposto ao de Jair Bolsonaro (Presidente do Brasil), cujo governo defende a manutenção da proteção em torno das patentes, já manifestada na Organização Mundial do Comércio (OMC)’.
Assim, diz a organização política, ‘a desajeitada diplomacia brasileira, que vai na direção oposta à do mundo em desenvolvimento, perde uma forte base de apoio: os Estados Unidos’.
Para o Partido dos Trabalhadores, ‘a quebra de patentes é uma bandeira de países como a Índia e a África do Sul dentro da OMC’.
Os analistas veem o apoio público de Biden como uma poderosa ferramenta diplomática que pode exercer grande influência sobre as empresas fabricantes.
Mesmo em países e blocos que suportam a necessidade de manter licenças, como a União Europeia.
Na semana passada, o Senado brasileiro aprovou um projeto de lei do Deputado Paulo Paim que permitiria o patenteamento de imunizadores patogênicos a serem rasgados.
O texto do projeto de lei afirma que a fabricação de testes diagnósticos e medicamentos com eficácia comprovada contra a doença durante a pandemia também pode ser temporariamente interrompida.
‘É necessário esperar, unir sonhos, caminhar lado a lado, salvar vidas’. Excedemos 400 mil mortes. A licença de patente para as vacinas Covid-19 é urgente’, disse Paim.
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