Para este dia, em várias cidades do país as mobilizações continuarão de forma pacífica e os participantes tomarão várias iniciativas para fazerem ouvir a sua voz.
Entre outras ações, vão pedir isenção nas matrículas para todos os alunos das universidades públicas.
Da mesma forma, vão rejeitar o Projeto de Lei 010 de 2020 que, segundo reclamações de políticos e analistas, visa enfraquecer o sistema de saúde para gerar maior renda para os grupos econômicos que vivem neste setor.
Nesse contexto, estudantes da Universidade Sergio Arboleda acamparam-se no marco da greve nacional de onde exigem do governo o fim da repressão e contra as reformas que prejudicam a qualidade de vida das pessoas.
Para o colunista do Semanario VOZ y Cuarto de Hora, a pior derrota do Governo e do Uribismo (do ex-presidente Álvaro Uribe) é que, apesar da propaganda e da violência oficial, os jovens perderam o medo.
O TembloresONG, grupo que trabalha pela defesa dos direitos humanos de moradores de rua, LGBTI, profissionais do sexo e vítimas de violência policial, garante que, apesar da repressão das forças públicas, a mobilização continua.
À medida que a violência do Estado se intensifica, a indignação dos cidadãos aumenta e nossos registros de violência policial aumentam, disse a organização não governamental que oferece dados diários relacionados aos excessos da polícia.
Aponta que, desde 28 de abril, quando começou a greve nacional, ocorreram pelo menos 1.773 casos de violência por parte da força pública em todo o país.
Nesse sentido, registra 37 assassinatos, 936 prisões arbitrárias contra manifestantes, 28 vítimas de agressões oculares, 105 casos de disparos de arma de fogo e 11 feridos por violência sexual e, segundo as informações coletadas, a maioria dos casos corresponde a jovens.
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