Segundo a Agencia Prensa Rural, mais de 100 organizações, coletivos, movimentos e plataformas ambientais, defensores da vida e do território, da água e da natureza aderiram às mobilizações iniciadas no dia 28 de abril.
‘Temos nos encontrado para mudar radicalmente o modelo de país imposto nas últimas décadas, que deixou a natureza como vítima de um mau desenvolvimento que viola comunidades, expropria territórios, deixa passivos ambientais e sociais’.
Esse modelo, acrescentaram, viola os ecossistemas naturais, a saúde, a biodiversidade e a vida daqueles que os habitam, humanos e não humanos.
Segundo ativistas, o governo Duque mantém ouvidos surdos às mudanças estruturais que milhões de colombianos exigem.
Os ambientalistas reiteraram seu apoio à greve nacional como um espaço legítimo de luta pacífica e resistência contra um acúmulo de governos nefastos que responderam com violência quando sua política de corrupção e morte foi exposta, argumentam.
No rol de demandas desses grupos, destaca-se a proteção da vida e integridade dos defensores do meio ambiente ameaçados, agredidos e assassinados por seu legítimo trabalho de cuidar e proteger a natureza, no país que lidera o número de ambientalistas assassinados, destacam.
Exortam o Congresso a ratificar o Acordo de Escazú, atravancado pela nula vontade política do governo Duque e seus partidos aliados.
Pedem a proibição da pulverização de glifosato em lavouras ditas de uso ilícito e a garantia da implementação dos pontos do Acordo de Paz relacionados à Reforma Rural Integral e à substituição de lavouras de uso ilícito.
Exigem o fim urgente do desmatamento e que se detenha seu principal foco de avanço na Amazônia; evitar a expansão da fronteira agropecuária, latifúndios, a agroindústria ou agronegócio da palma africana sem que isso implique a militarização das zonas ou a criminalização do campesinato.
Exigem também a declaração de moratória aos megaprojetos de mineração em território nacional, como os que se pretendem realizar no Sudoeste da Antioquia, no Páramo de Santurbán, na Sierra Nevada de Santa Marta, no Maciço Colombiano, Cajamarca, e Tolima, que geram impactos irreversíveis.
Exigem que se proíba o ‘fracking’ (fraturação hidráulica na extração de hidrocarbonetos), substituir os combustíveis fósseis a curto prazo e avançar para uma transição energética justa como medida urgente face à emergência climática.
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