Conforme confirmado pelo ministro responsável pela campanha de imunização, Nadhim Zahawi, as autoridades de saúde estão considerando reduzir para 18 anos a idade das pessoas elegíveis para receber a primeira dose nas áreas com maior número de casos.
Assim que a decisão for tomada, estamos prontos para vacinar todos os jovens e todas as famílias multigeracionais, e até mesmo adiantar a segunda dose, disse o oficial.
Segundo o Sistema de Saúde da Inglaterra, as infecções causadas pela cepa B1617.2, como é cientificamente conhecida a variante identificada na Índia em outubro do ano passado, dobraram esta semana no noroeste do território e em algumas partes de Londres, até chegar a 1.313 confirmadas casos.
Zahawi garantiu, no entanto, que não há evidências de que a cepa ‘indiana’ seja mais resistente às vacinas contra Covid-19, ou que cause sintomas mais graves nos pacientes, por isso descartou que afetará o afrouxamento gradual da quarentena iniciado pelo governo.
O roteiro de desaceleração do confinamento em vigor na Inglaterra desde janeiro passado, começou em março com a retomada das aulas, e deve continuar na próxima semana com a reabertura total de bares e restaurantes, o fim da proibição de reuniões familiares sob o mesmo teto, e a retomada das viagens de férias ao exterior.
A quarta e última etapa do roteiro entraria em vigor em 21 de junho, quando se prevê a eliminação de todas as medidas de distanciamento social vigentes e o retorno à normalidade.
Em declarações à imprensa no dia anterior, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, admitiu estar preocupado com a propagação da variante da Índia na Inglaterra, mas disse estar confiante de que pode continuar com a desaceleração nos prazos esperados.
O governador alertou, porém, que não hesitará em manter algumas das restrições nos locais afetados se assim o recomendarem se seus assessores científicos.
Até agora, quase 36 milhões de pessoas receberam a primeira dose das três vacinas disponíveis no Reino Unido, e 18,5 milhões completaram o tratamento com as duas injeções indicadas.
O plano do governo é que os estimados 53 milhões de adultos que vivem no país tenham a oportunidade de se vacinar até 31 de julho.
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