Em um diálogo de videoconferência, Putin falou no dia anterior a favor do fortalecimento do papel das Nações Unidas nos assuntos internacionais, destacando sua capacidade de interagir com a comunidade mundial em todas as questões-chave, disse o Kremlin.
Ambos os políticos enfatizaram a importância de desenvolver esforços conjuntos para combater a Covid-19, enquanto o lado russo expressou sua disposição de continuar apoiando a ONU e suas agências especializadas na vacinação e no tratamento da doença.
Discutiram diferentes questões regionais atuais, incluindo o conflito israelense-palestino, e concordaram que a principal tarefa é interromper as ações violentas de ambos os lados e garantir a segurança da população civil.
O Conselho de Segurança da ONU continua sem expressar uma posição sobre a escalada do conflito entre Israel e Palestina, enquanto muitas nações na área condenam o aumento da violência.
Ao analisar a situação humanitária na Síria, Putin e Guterres expressaram preocupação com o aumento das sanções unilaterais por parte dos Estados Unidos e da União Europeia contra as autoridades legítimas daquele país e acordaram cooperar na restauração do país.
As partes discutiram alternativas para ajudar a resolver os problemas da Líbia, do Iêmen e do Afeganistão, além de trocarem opiniões sobre os desafios das mudanças climáticas e as possíveis opções para enfrentá-las.
Anteriormente, o chefe da ONU se reuniu com o chanceler russo, Sergey Lavrov, com quem revisou a situação da cooperação bilateral e discutiu o possível apoio da Rússia na resolução de diferentes conflitos internacionais.
Durante uma entrevista coletiva conjunta, o chefe da diplomacia russa chamou a atenção para o impacto do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, intensificado em meio à pandemia de Covid-19.
Em resposta à pergunta da Prensa Latina sobre o assunto, Lavrov assinalou que a Assembleia Geral da ONU aprova todos os anos ‘por esmagadora maioria’ uma resolução contra a política dos Estados Unidos para a ilha. ‘Dois ou três países não a aprovam, junto com os EUA, os outros, votam a favor’, frisou.
Indicou que a política desse organismo internacional em relação ao bloqueio de Washington à ilha caribenha se reflete nessas resoluções.
Por sua vez, Guterres lembrou que as Nações Unidas solicitaram a isenção de sanções que limitam a capacidade dos Estados de responder efetivamente à Covid-19 e que podem enfrentar suas consequências sociais e econômicas.
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