Segundo dados do Serviço Eleitoral, a votação de sábado fechou com 3.55.255 eleitores, ou cerca de 21% dos cadernos eleitorais, e espera-se que o comparecimento às urnas aumente hoje.
Se assim for, a previsão das autoridades eleitorais e dos analistas de alcançar um resultado semelhante ao do plebiscito de 25 de outubro de 2020, quando foi relatada uma participação de 51%, considerada positiva em um país caracterizado por alta abstenção, seria cumprida.
Este foi um fator que muitos especialistas já haviam advertido, especialmente porque nas eleições anteriores para prefeitos e vereadores, o comparecimento nunca ultrapassou 40%.
Mas nesta ocasião o aumento pode ser justificado especialmente devido ao interesse na eleição dos 155 constituintes que redigirão a nova constituição, que poderia ser decisiva para uma mudança substancial no modelo político, econômico e social deste país para as próximas décadas.
Precisamente quando as seções eleitorais fecham às 18h00, horário local, os primeiros resultados que serão relatados são os da Convenção Constitucional.
Para todos no Chile, além das cores políticas, estas são as eleições mais importantes da história recente, pois pela primeira vez em 200 anos de independência, o povo elegerá aqueles que redigirão uma Constituição.
Além disso, como um caso sem precedentes no mundo, a convenção será paritária, com um número equilibrado de homens e mulheres, e incluirá 17 assentos reservados aos povos indígenas, que pela primeira vez terão voz para decidir sobre o futuro do país.
A revogação da atual Constituição, rejeitada por ter sido imposta durante a ditadura e por apoiar o atual modelo neoliberal, foi decidida no plebiscito de outubro de 2020, quando 79% dos eleitores votaram a favor de uma nova lei básica.
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