23 de December de 2024
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A guerra de Israel contra a Palestina é impossível sem apoio dos EUA

A guerra de Israel contra a Palestina é impossível sem apoio dos EUA

México, 17 mai (Prensa Latina) A guerra de Israel contra palestinos, críticos, mídia e direitos universais é impossível sem o apoio do governo dos Estados Unidos, denuncia hoje La Jornada por meio de seu correspondente em Nova Iorque.

David Brooks, representante do jornal mexicano nos Estados Unidos, garante que os quase quatro bilhões de dólares por ano em ajuda militar que Washington agora concede a Israel não tem compromisso, e faz parte de um acordo de 10 anos para um total de 38 bilhões de dólares assinado por Barack Obama.

A administração Biden, acusa Brooks, finge que só quer acabar com a violência de ambos os lados e está trabalhando através dos canais diplomáticos para fazê-lo, e esconde o fato de que os Estados Unidos não são apenas mais um observador, mas um cúmplice nos crimes de guerra de Israel.

As balas e bombas israelenses que já mataram 200 civis palestinos, incluindo 58 crianças, foram financiadas em grande parte por Washington, assegura o correspondente do jornal mexicano.

Também é cúmplice dos bombardeios aos escritórios da Associated Press e da Al Jazeera neste fim de semana, algo que o governo israelense chamou de alvo legítimo, um ataque a todos os jornalistas do mundo inteiro.

Mesmo com a maioria da comunidade internacional condenando a ofensiva de guerra, os Estados Unidos decidiram não pressionar Israel por um cessar-fogo imediato e, enquanto isso, paralisa o Conselho de Segurança das Nações Unidas para impedir que este emita uma declaração.

Também está impedindo uma resolução para parar o derramamento de sangue, enquanto Israel anuncia que pretende continuar seus ataques militares e que levará tempo para atingir esse objetivo, acrescenta Brooks.

La Jornada denuncia que Washington continua com a pantomima de que este conflito é um embate entre duas forças hostis, ou seja, simétrico. Mas a assimetria está lá para que todos vejam.

E para acabar com o absurdo de um conflito supostamente simétrico, todos sabem que Israel é uma potência nuclear – com pelo menos 80 armas nucleares e talvez até 300 – com a cumplicidade dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e outros aliados.

Washington insiste que está trabalhando incansavelmente para parar o conflito como se fosse apenas mais um ator internacional, e enquanto afirma buscar uma solução de dois Estados, começa sempre com o velho slogan empregado por ambas as partes em Washington: Israel tem o direito de se defender.

Mas por que quase nunca se pergunta quais são os direitos do povo palestino, como escreveu o senador Bernie Sanders em um artigo publicado no New York Times na sexta-feira? pergunta o correspondente do diário mexicano.

O governo de Benjamin Netanyahu em Israel faz parte dos movimentos nacionalistas autoritários que estão surgindo em várias partes do mundo, é uma resposta.

E ele conclui: não podemos mais ser apologistas do governo de direita de Netanyahu, e os Estados Unidos, para serem críveis, devem fazer valer os padrões internacionais de direitos humanos.

agp/lma/vmc

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