Ela destacou que ‘a proporção de mulheres empregadas é muito menor do que a de homens empregados’.
O professor especialista advertiu a este respeito que o mercado de trabalho tem fortes desigualdades porque homens e mulheres têm diferentes taxas de participação no trabalho, ‘a taxa masculina é 10 a 15 pontos mais alta do que a feminina’.
Explicou como as desigualdades estruturais pré-existentes se aprofundaram e enfatizou a importância de uma perspectiva de gênero e cuidado no desenvolvimento de políticas públicas.
A este respeito, ela destacou que as medidas implementadas para mitigar os impactos da pandemia ‘sem dúvida tiveram fortes efeitos sobre a situação trabalhista e econômica da força de trabalho em nosso país, e em certos aspectos especialmente sobre as mulheres’. Espino disse que ‘isto tira nossa independência e autonomia econômica’, acrescentando que em alguns casos de atividades que geraram taxas de desemprego muito altas, o resultado foi substancialmente maior para as mulheres. Segundo dados do Centro Interdisciplinar de Estudos de Desenvolvimento do Uruguai, em fevereiro de 2021, a taxa de desemprego das mulheres é de 13,5%, em comparação com 8,9% dos homens. Ao analisar as disparidades de gênero, ela disse que, além do fato de muitas mulheres terem perdido empregos, elas se aposentaram para cuidar de crianças nas atuais condições pandêmicas ou para idosos ou deficientes.
O Ministério do Trabalho reconheceu que no último ano foram perdidos 60.000 empregos no país e Udelar constatou que cerca de 100.000 uruguaios ficaram abaixo da linha de pobreza.
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