A organização com sede no Reino Unido adverte que um grande número de crianças pode nunca mais voltar à escola, seja por causa de ausência prolongada ou por falta de recursos de suas famílias.

Em todo caso, a educação de milhares de crianças neste país do leste do Mediterrâneo está em suspenso, diz a nota.

Uma crise econômica contínua, associada à pandemia de Covid-19, desempenha um papel na descrição do catastrófico estado da educação, uma vez que afeta refugiados e famílias libanesas desprivilegiadas.

‘Não podemos comprar um telefone celular para todos. Temos que alimentar nossos filhos primeiro’, disse Shamma, uma mãe síria de três filhos que veio ao Líbano como refugiada em 2012.

Ela não matriculou suas crianças de 11, 12 e 14 anos até 2019 por causa das limitações impostas às escolas públicas para refugiados.

Em março de 2020, infecções com o patógeno SARS-CoV-2, a fonte do Covid-19, eclodiram e a escola parou suas atividades presenciais para operar on-line.

A crise econômica do Líbano está no seu pior nível desde a guerra civil de 1975-1990 e mais da metade da população indígena vive abaixo da linha de pobreza, muito mais pronunciada entre os refugiados palestinos e sírios.

Lisa Abou Khaled, da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, disse que 25.000 alunos sírios da primeira série deixaram a escola, de acordo com o Ministério da Educação libanês.

A catástrofe também está presente nos milhares de libaneses que perderam seus empregos ou, na melhor das hipóteses, recebem menos renda desde a aceleração da crise econômica e financeira.

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