Em relação ao dia, a organização da ONU especializada em questões de educação, ciência e cultura publicou os resultados de um estudo que confirma a discriminação frequentemente enfrentada por estudantes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).
De acordo com a pesquisa, 54% desses seres humanos sofreram pelo menos uma vez na vida bullying por sua orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou variações nas características sexuais.
Por outro lado, oito em cada 10 alunos em algum momento ouviram comentários negativos sobre os alunos LGBT, acrescentou ele no dia internacional que lembra a data de 17 de maio, em que a Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1990 e removeu a homossexualidade da lista de doenças mentais.
A Unesco destacou que as intervenções dos professores e demais funcionários das escolas são vitais para garantir a inclusividade do sistema educacional.
Nesse sentido, destacou a importância das vítimas denunciarem atos de discriminação e assédio, após identificar no estudo que cerca de 60 por cento nunca denunciaram tais incidentes.
‘A escola tem que ser inclusiva se quisermos que a sociedade seja inclusiva. Se as crianças aprenderem a aceitar apenas um certo tipo de pessoas, isso afetará sua maneira de se comportar com os outros’, insistiu o diretor do relatório Mãos de Antoninis.
A Unesco ilustrou a gravidade da situação com o fato de que 12,5 por cento dos alunos LGBT nos Estados Unidos admitiram não ter assistido às aulas pelo menos uma vez nos 30 dias anteriores à entrevista de investigação por bullying, quase o triplo em comparação com o mesmo cenário para alunos heterossexuais.
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