Os pedidos foram apresentados pelos senadores Marcos do Val e Alessandro Vieira, que querem ouvir explicações sobre a conduta da diplomacia brasileira durante a crise sanitária causada pelo patógeno.
Val argumentou que um dos objetivos do CPI é investigar possíveis omissões da administração federal durante a calamidade causada pelo vírus, especialmente no agravamento dos casos no estado do norte do Amazonas, com a falta de oxigênio para os pacientes hospitalizados.
O parlamentar explicou que, em seu mandato como ministro das Relações Exteriores, Araújo ‘executou na política externa a negação do (Presidente) Jair Bolsonaro sobre a pandemia, o que teria feito o Brasil perder tempo precioso nas negociações de vacinas e suprimentos para combater a doença’.
A Agência Brasil garantiu que a relação do gigante sul-americano com a China deve ser um dos pontos mais questionados pelos parlamentares, já que em mais de uma ocasião o ex-ministro ofendeu o país asiático.
Vieira pretende obter informações sobre os termos exatos da ação do Ministério das Relações Exteriores para levar imunizadores e suprimentos ao país.
Os membros do comitê também devem votar na terça-feira sobre os requisitos de convocação de autoridades como o Coronel Antonio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde.
Da mesma forma, para chamar o presidente do plenário da Comissão Nacional para a Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde, Helio Angotti Neto.
Também deve ser examinado o pedido de violação de confidencialidade das empresas ligadas ao ex-secretário de Comunicação da presidência Fabio Wajngarten, que foi ouvido pelo conselho na semana passada.
O testemunho do ex-ministro geral da Saúde Eduardo Pazuello é esperado para amanhã.
A CPI foi criada para investigar o desempenho do poder executivo na pandemia e supervisionar a aplicação de recursos federais por estados e municípios.
Até o momento, o Brasil tem 436.537 mortes e 15.657.391 mortes pelo coronavírus SARS-CoV-2, que causou a Covid-19.
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