Em uma declaração, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) disse que a exposição será inaugurada em 21 de maio, no contexto da bienal aberta ao público de 22 de maio a 21 de novembro, em coordenação com as autoridades do Iraque e dos Emirados Árabes Unidos.
Será um evento paralelo inaugurado pelo Ministro da Cultura e Juventude dos Emirados, Nura Al Kaabi, e pela Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, disse ele.
Segundo o órgão multilateral, a exposição sobre o projeto Revivendo o espírito de Mosul abordará a antiga tradição de coexistência pacífica da cidade antiga e lançará luz sobre a resiliência das comunidades diante de eventos traumáticos, em particular a ocupação pelo Estado Islâmico (EL) em 2014 e a luta para desalojá-la da cidade.
A exposição incluirá histórias cronologicamente expostas sobre a história recente da cidade e o caminho para sua recuperação, em quatro salas dedicadas aos temas da destruição, da libertação, da ação e do futuro.
Uma das principais ações a serem divulgadas ao público diz respeito à reconstrução do complexo da Mesquita Al Nuri, um componente emblemático do projeto lançado pela Unesco em fevereiro de 2018.
No mês passado, a organização especializada da ONU anunciou a designação de um projeto de oito arquitetos egípcios como vencedor do concurso para reconstruir em Mosul a Mesquita Al-Nuri, destruída pelo ISIS em 2017.
Segundo a Unesco, 123 iniciativas participaram do concurso e o vencedor foi apresentado por arquitetos com um histórico notável em reabilitação patrimonial e planejamento urbano.
A reconstrução de Al-Nuri começará no último trimestre de 2021, com objetivos como recuperar o salão de oração e inserir o templo no ambiente urbano, através de espaços públicos abertos com cinco pontos de entrada a partir das ruas vizinhas.
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