A delegação do governo local informou que, graças ao trabalho das forças de segurança, durante o quinto dia de incidentes de fronteira, não houve entradas irregulares em território espanhol.
Fontes de informação nacionais relatam o lançamento de pedras e objetos contra as forças da ordem por parte de indocumentados sem danos consideráveis.
A tensão entre Espanha e Marrocos aumenta com a progressiva chegada de migrantes a Ceuta e Melilha, o que provocou críticas do Ministro da Defesa deste país ibérico.
A chefe dessa pasta, Margarita Robles, descreveu a posição do governo marroquino como ‘agressão’ e ‘chantagem’ que, nas suas palavras, ‘põe em risco a vida de menores, deixando-os livres para nadar até Ceuta’.
Há dias, Josep Borrell, alto representante da União Europeia para as Relações Exteriores e Política de Segurança, destacou a ‘dimensão’ dos incidentes que transcendem as fronteiras externas do bloco comunitário, enquanto a presidente do Executivo Europeu, Ursula von der Leyen, disse seu apoio à Espanha.
Entretanto, o Presidente do Governo do país ibérico, Pedro Sánchez, descreveu a crescente chegada de migrantes aos territórios autónomos espanhóis como um ‘grande conflito para a Europa’.
Do lado marroquino, a embaixadora em Espanha, Karima Benyaich, assegurou dias atrás que ‘nas relações entre as nações existem atos que têm consequências e devem ser assumidos’, referindo-se à decisão de Madrid de prestar cuidados médicos a Brahim Ghali, dirigente do Frente Polisario, o movimento de libertação nacional do Saara Ocidental.
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