São momentos em que as restrições para o enfrentamento da pandemia aparecem como um freio às viagens e, para isso, as ferramentas eletrônicas monopolizam a atenção em meio às expectativas devido ao surgimento do 5G como elemento relevante nas telecomunicações.
Os códigos QR para restaurantes como uma fórmula comum agora podem ser substituídos por garçons robôs, recepcionistas e outros empregos em hotéis, aeroportos e companhias aéreas, uma tendência que pode preocupar os humanos em termos de empregos.
Boa parte das salas de discussão aborda o tema na Fitur, apesar de ser a primeira feira do seu âmbito realizada presencialmente, e quando outras como a ITB Berlin acabaram por ser virtuais, algo muito comum nos dias de hoje por questões de segurança sanitária.
Entre as tendências atuais presentes no encontro, e com a Espada de Dâmocles da pandemia, não só os robôs puderam fazer a notícia, mas o uso de dados, sensores e eficiência energética.
Um exemplo é a Futura Vive, uma das empresas que fabrica Robôs Sociais, projetados para interagir com as pessoas de forma humana.
Esta empresa chama a atenção para a Fitur através de Teki e Pichi, duas das suas criações que brevemente estarão no aeroporto de Madrid e num centro turístico da Câmara Municipal desta capital.
Teki costuma pedir táxi ou atender outras necessidades dos viajantes 24 horas por dia, e Pichi oferece planos para turistas com sotaque madrilenho.
Junto com esse tipo de robô, o acordo Asseco, Mipelsa e Omron apresentou outros que as companhias aéreas estão começando a usar para desinfetar aviões.
Esses aparelhos custam cerca de 75 mil euros cada, embora o retorno sobre o capital seja alcançado em menos de seis meses e as grandes empresas tenham frotas suficientes de 100 robôs, destacam os guias da Asseco.
Para o diretor comercial da Siemens, Agustin Gil, este é o momento em que os hotéis ofereçam digitalização, desde una ferramenta de reservas com as preferencias e gostos do cliente, ao Check in e Check out automático, acesso as acomodações e o manejo da Luz.
Portanto, tais discussões nos aproximam de um futuro, muito presente, de aeroportos e estações de trem com cadastro de passageiros por meio de telas sensíveis ao toque, mecanismos robóticos e reconhecimento biométrico. Dados, inteligência artificial, humanóides, telas, sensores de diversos tipos, criam um ambiente que na época poderia ser ficção científica e agora propõe um turismo eletrônico muito real, forçado pela pandemia de Covid-19.
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