Comer o típico locro, cujo nome vem de uma palavra quíchua (luqru ou rucru), é sinônimo de festa em cada dia histórico e principalmente neste maio que está para terminar, onde o frio já começa a se sentir em vários pontos do. o país.
Na véspera de 25 de maio, dia que comemora o feito que abriu o caminho para a independência definitiva do domínio espanhol, muitas famílias aguardam a data com boa sorte.
Trata-se de uma espécie de caldeirada de origem pré-hispânica e pré-incaica que nessa transculturação foi mudando até virar uma espessa sopa de coalhada, onde milho com carne, achuras (entranhas de bovino, lã ou cabra) e chouriço tinto são elementares.
Hoje e amanhã, sobretudo, deste lado do cone sul, o aroma que o delicioso prato destila será o menu principal das casas e embora muitos tendam a partilhá-lo com os amigos, desta vez a festa celebra-se em mais nove dias de reclusão devido à situação, à saúde e ao elevado número do Covid-19 que obriga mais uma vez a se abrigar.
Segundo a história, em cada região o locro é preparado de maneira diferente, pois uns usam carne de boi, outros as vísceras como tripas, linguiças e costelas ou outras partes da vaca, mas o inevitável é o milho conhecido por estas bandas, de preferência grãos brancos, e abóbora.
À mesa não faltarão os pastéis tradicionais, constituídos por uma massa folhada crocante recheada com pasta de marmelo ou batata doce (a batata doce noutros países).
Em muitas casas, desde ontem as bandeiras argentinas começaram a hastear nos edifícios, um dia depois de celebrar o 211ú aniversário da Revolução de maio.
Hoje estão previstas várias celebrações anteriores, entre elas uma serenata intitulada Posadas canta a la Patria, que se realizará a partir dessa cidade da província de Misiones, enquanto se realizará uma vigília cultural na província de Entre Ríos pouco antes da meia-noite.
E como também é tradição, só à meia-noite, receber a data nacional, o hino nacional soará em frente ao Cabildo, na Plaza de Mayo desta capital.
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