Pinheiro, secretária de Gestão e Educação do Trabalho do Ministério da saúde, é conhecida por defender o chamado tratamento precoce contra o Covid-19 do uso de cloroquina e outros medicamentos sem eficácia científica comprovada contra o vírus.
A testemunha também propôs de seu posicionamento o lançamento de um programa chamado TrateCov que recomenda a cloroquina no procedimento contra o patógeno que até hoje já causou cerca de 450 mil mortes e mais de 16 milhões de infectados no gigante sul-americano.
O TrateCov não apareceu porque, de acordo com as autoridades do setor, foi hackeado durante a fase de testes.
‘Agora temos o segundo escalão do Ministério da Saúde e avaliamos o trabalho da pasta. Desde o início, indiquei que essas audiências são muito importantes’, disse o senador Alessandro Vieira, membro do TPI, ao Estado de Jornal Minas.
Ele disse que nessas novas declarações haverá ‘mais resultados, porque são figuras de segundo e terceiro nível que estão com as mãos ocupadas’.
Essas pessoas, especificou, ‘poderão explicar de quem receberam as encomendas e qual foi o processo de tomada de decisão. Ou seja: se houve consulta a especialistas e verificação do que a ciência determinou ou se foi apenas a política que tomou a decisão. gestão da saúde no Brasil ‘.
A convocação da chamada Capitã Cloroquina pela mídia atende a um pedido de Vieira e de outros quatro senadores: Humberto Costa, Randolfe Rodrigues, Rogério Carvalho e Renan Calheiros.
Apesar de depor como testemunha, Pinheiro terá o direito de permanecer calada durante a audiência.
A secretária obteve no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer calada.
Tal silêncio seria sobre eventos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que coincide com a crise por falta de oxigênio nos hospitais de Manaus, capital do estado do Amazonas.
Os senadores também buscarão detalhes sobre a compra e posterior distribuição da cloroquina pelo ministério, inclusive para Manaus.
Outros pontos, como isolamento social, vacinação, postura do governo federal, estratégia de comunicação e omissão de dados também devem ser tratados pelos parlamentares.
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