‘Tomaremos uma posição muito em breve sobre uma grande parte deles’, disse Lira durante uma entrevista concedida à Rádio Bandeirantes.
Segundo o parlamentar, apesar do momento de dor causado pela pandemia de Covid-19 que provocou mais de 450 mil mortes e 16 milhões de contágios, ‘temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para trabalhar a viabilidade no Brasil capaz de se recuperar rapidamente no cenário econômico’.
Durante a palestra, Lira reforçou seu discurso repetido sobre o impeachment contra o ex-oficial militar, comentando que isso deve ser feito com ‘grande responsabilidade’.
Para o congressista, não é o presidente da Câmara dos Deputados que estrutura o impeachment, mas a situação política e nacional de um país.
‘Quando o presidente perde a capacidade política, perde a capacidade de gestão econômica, ele cria no Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma condição de inflação incontrolável’, disse Lira, que garantiu não ver tal situação agora no gigante sul-americano.
Sobre sua recente afirmação de que Bolsonaro estaria em seu ‘pior momento’ e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ‘melhor momento’, ele questionou a cobertura da mídia e denunciou que o discurso foi retirado do contexto.
Reconheceu que o ex-militar não está no momento com um grande eleitorado e que é temporário.
Nas eleições de 2022, ele disse que ‘ainda é muito cedo’ para especular, mas Bolsonaro e Lula ‘são os mais fortes’ e ‘os ventos soprando no Brasil ainda são os do centro-direita’.
Em outras questões, ele questionou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para avaliar o desempenho do governo diante da pandemia de Covid-19.
Considerou este momento inoportuno porque muda a atenção do Ministério da Saúde, que agora está concentrado em resolver as demandas do conselho legislativo.
‘O momento é inapropriado, não produzirá, exceto para os interesses do viés, um relatório justo’, disse.
Enfatizou que a comissão não será ‘boa para o Brasil se não apresentar soluções’.
Nesta quinta-feira, a CPI ouvirá o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, sobre as dificuldades do prestigioso centro para produzir vacinas contra a Covid-19.
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