De acordo com um comunicado oficial, durante uma conversa por telefone, o vice primeiro ministro Liu He e a secretária de Comércio dos EUA, Katherine Tai, expressaram suas opiniões sobre as preocupações de cada lado e concordaram em manter a comunicação no futuro.
O breve texto acrescenta que as partes mantiveram conversas ‘sinceras, pragmáticas e construtivas’ e prevaleceu o ‘espírito de igualdade e respeito mútuo’.
Liu é o chefe da equipe da China que nos últimos anos negociou com os Estados Unidos soluções para o conflito comercial e finalmente em janeiro de 2020 assinaram a primeira fase de um pacto que visa enterrar a disputa.
Esse foi seu primeiro contato com a administração do presidente americano, Joe Biden, e observadores consideram positivo, embora ambas as potências mantenham atritos em frentes diferentes.
O acordo comercial de 2020 estabeleceu obrigações e mecanismos para lidar com disputas relacionadas a propriedade intelectual, alimentos e produtos agrícolas, promoção comercial, finanças, moeda e transparência, transferência forçada de tecnologia, avaliação bilateral e resolução de disputas.
Ele destacou o compromisso da China de importar 200 bilhões de dólares dos Estados Unidos e por dois anos de produtos agrícolas e marítimos, manufaturados como aeronaves, máquinas e aço e artigos do setor de energia.
O texto também contempla a proibição e sanções ao furto de segredos comerciais e cibernéticos, bem como medidas contra todos os tipos de contrafação, pirataria e violação de direitos autorais.
Entre outras questões, os dois poderes aceitaram que um pode denunciar o outro se considerar que não respeita o acordo. Se não houver consenso, a reclamação pode chegar às autoridades superiores.
Mas a retaliação não deve ser aplicada se for considerada de ‘boa fé’ e eles poderiam abandonar o acordo de outra forma.
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