23 de November de 2024
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Um mês de greve e as mobilizações continuam na Colômbia

Um mês de greve e as mobilizações continuam na Colômbia

Bogotá, 28 de mai (Prensa Latina) A maior explosão social da história recente da Colômbia marca hoje um mês desde o início da greve nacional contra uma reforma tributária que afetaria a maioria.

Até agora, o governo e a Comissão Nacional de Greve não chegaram a um acordo para acabar com a crise, a violência policial faz mais vítimas, as mobilizações continuam e os jovens se tornam protagonistas.

A greve histórica, como já a qualificam figuras públicas do país, responde a uma lista crescente de reivindicações populares, na medida em que os protestos sociais continuam e os setores reconhecem seus problemas.

Mas a essência desses protestos, que acontecem em todos os rincões do país, é um profundo problema estrutural baseado em políticas que só aprofundam o fosso entre quem tem a maior parte da riqueza e quem a produz, segundo várias análises.

A juventude se destaca neste cenário de mobilizações, uma juventude nascida e formada em meio a conflitos internos que envolvem governo, forças insurgentes, grupos de narcotraficantes e paramilitares.

Desprovidos de muitos direitos, os jovens demandam programas de estudo e emprego, mensalidade zero para o acesso às universidades públicas e outras demandas que passam por mudanças de governo e implementação do Acordo de Paz.

Estima-se que na Colômbia existam quase 11 milhões de jovens, cerca de 22% da população e de acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística, entre maio e julho de 2020, foi apresentada a menor taxa de emprego (34,9%) desde 2001 para este setor.

Com base nisso, é normal que 84% dos colombianos estejam a favor da greve nacional, especialmente os jovens, segundo pesquisa da Universidad del Rosario.

‘Neste momento, na Colômbia, só o fato de ser jovem e estar na rua é estar arriscando nossas vidas. Todos nós podemos morrer aqui, mas como deixar seu povo? Como não sair e protestar amanhã em 5 de maio?’

Assim expressou Lucas Villa antes de sair para a mobilização nas ruas de Pereira. Pouco depois, ele morreria pelos ferimentos de oito tiros.

Como protagonistas da greve, eles também são alvo da violência policial e são mais de 40 os mortos, centenas de feridos, desaparecidos, dezenas de pessoas que perderam um olho e jovens abusadas nas mãos da polícia, segundo dados das organizações não governamentais como a Temblores ONG.

Hoje as ruas se encherão de novo e soarão os sons das batucadas, trombetas ou acordeões, os gritos da greve, as palavras de ordem ‘Nem um a menos, Os queremos vivos, Onde estão os desaparecidos, Desmontem o Esmad’ que ecoarão junto com edifícios da cidade ou correrão com os ventos nos campos.

Os sons dessas mobilizações serão provavelmente perfurados pelos disparos de armas de fogo ou ‘não letais’ por parte da policia como a Venom, o barulho de motocicletas ou tanques, granadas de atordoamento e o grito de dor dos que caem frente a força policial.

‘Um mês de lições de dignidade para jovens colombianos. Um mês do despertar de um povo. Um mês reivindicando direitos’, assim descreveu o defensor dos direitos humanos e jornalista Hollman Morris a esses 30 dias.

Por sua vez, o deputado à Câmara do Congresso (bicameral) Sergio Marín afirmou que ‘esta greve tem dito basta a um governo que se negou a ouvir os pedidos de todos os setores populares, por saúde, educação, emprego e vida digna ‘.

oda / otf / cm

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