Em um procedimento para decidir se deveria ou não avançar com a iniciativa previamente endossada pela Câmara dos Deputados, a votação nesta sexta-feira foi 54×35 no Senado, abaixo dos 60 votos favoráveis necessários por seus promotores democratas para superar um obstáculo prévio à medida.
Os legisladores do Partido Vermelho reiteraram nos últimos dias sua rejeição à formação desse painel, pois isso os prejudicaria diante da proximidade das eleições intermediárias de 2022, devido às ligações entre os atacantes à sede legislativa e o ex-mandatário Donald Trump. O projeto de lei procurou criar uma comissão de 10 membros, divididos igualmente entre as duas partes, em um modelo baseado no fórum formado após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Os democratas argumentaram que a investigação era necessária para chegar ao fundo do ataque, já que um número crescente de republicanos procurou minimizar sua severidade e deu crédito à falsa alegação de Trump de que houve fraude nas eleições de 3 de novembro de 2020, e foi por isso que ele perdeu.
Além da legislação anti-motim no Capitólio, os senadores na quinta e sexta-feira se engajaram em um debate feroz sobre uma proposta para melhorar as condições competitivas dos EUA diante do avanço da China.
As esperanças do Líder da Maioria Democrática Charles Schumer foram frustradas na quinta-feira à noite depois que o Senador Ron Johnson (R) e outros conservadores levantaram objeções a essa iniciativa.
Esta situação atrasou a partida planejada do Senado para o longo recesso de fim de semana para o Dia da Memória, que este ano é comemorado em 31 de maio, e em vez de terminar seus trabalhos na noite de quinta-feira, a Câmara Alta suspendeu as discussões depois das 03h00 de ontem, horário local.
Nesse contexto, e para não atrasar ainda mais a viagem dos legisladores aos seus respectivos estados, Schumer disse que a votação da Lei de Competitividade EUA-China será realizada ‘quando voltarmos em junho’.
Outro assunto que surgiu para discussão durante a semana na Câmara foi o plano de investimento em infraestrutura do Presidente Joe Biden de US$ 2 trilhões depois que os republicanos apresentaram uma contraproposta de US$ 928 bilhões para esse fim.
Em meio a esses debates, o Presidente Biden apresentou na sexta-feira a proposta de orçamento de cerca de seis trilhões de dólares para o ano fiscal (AF) 2022, que começa em 1ú de outubro, e que, segundo os especialistas, enfrentará forte oposição republicana.
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