Hoje o parque arqueológico está localizado a 91 quilômetros da Cidade da Guatemala e reserva surpresas para o visitante pela grande quantidade de templos e praças bem preservadas como vestígios do cotidiano dessa etnia de aproximadamente 40 mil habitantes.
Para a construção da também primeira capital guatemalteca, conforme registrado na correspondência entre o conquistador Pedro de Alvarado e o Rei da Espanha e Hernán Cortés, foram utilizadas pedras esculpidas com obsidiana (cristal vulcânico muito utilizado como ferramenta pelas civilizações pré-colombianas), argila e estuque.
Uma das atrações do local é a área para o jogo de bola maia, de 210 metros quadrados, protegida por muros e que permite imaginar como seria titânico passar por um pequeno anel o pesado implemento de borracha apenas tocando com o quadris, coxas ou joelhos.
Além disso, são seis quadrados, com aproximadamente 500 metros de comprimento e identificados com letras maiúsculas do alfabeto latino: A, B, C, D, E e F. Cada um abrigava diferentes tipos de templos, como o de sacrifício (para humanos oferendas) e animais necessários apenas quando a terra não produzia ou antes de pragas), altares sagrados e locais de cerimônias.
Você também pode ver uma área de banquetes e uma cruz com quatro pontos perfeitamente alinhados com os cardeais. Ao mesmo tempo, no solo, existe um haab, um calendário maia que consiste em 365 dias.
Sua representação é uma figura com 19 cantos, já que no total o ciclo tem 18 meses de 20 dias e outro de cinco denominado wayeb, um período para os Cakchiquels durante o qual algum evento adverso ou negativo poderia ocorrer.
Agora, este parque arqueológico não é apenas um símbolo do passado, mas também uma testemunha de um povo que, apesar da discriminação sofrida desde a invasão espanhola, vai aos seus altares para adorar o Ajaw (divindade) e ainda mantém os seus costumes.
(Retirado do Orb)