Na semana passada, o Comitê observou que o governo colombiano busca atrasar as negociações após adiar a assinatura de um acordo preliminar alcançado sobre as garantias para o protesto social.
De acordo com as demandas do Comitê Nacional de Greve o Governo deve se abster de adotar medidas como o Estado de Comoção Interna, que pode afetar o direito de protestar, retirar o Exército e o Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) das ruas.
Exigem que a Polícia não use armas de fogo que possam ferir os manifestantes, não faça prisões indiscriminadas e massivas contra os mobilizados.
Além disso, pedem ao Presidente Duque, na qualidade de Chefe de Estado e Comandante das Forças Armadas, que condene os abusos da Força Pública e se comprometa a punir quem comete esses atos, entre outras demandas.
O Comitê destaca que a garantia do exercício do protesto social é um ponto essencial para iniciar uma mesa de negociação.
O governo, por sua vez, além de continuar sem assinar um acordo preliminar a esse respeito, ordenou nesta sexta-feira o envio máximo de força militar em Cali e outros oito departamentos para prestar assistência à polícia em face da crise do país.
Há um mês e dois dias, começou a greve nacional contra uma reforma tributária proposta pelo governo que aumentaria os impostos sobre serviços públicos e outros, em meio à pandemia.
A população saiu às ruas contra o projeto e embora o governo o tenha retirado para elaborar um novo texto, as mobilizações continuam no país, apesar do excesso de força pública.
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