Dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 mostram que um em cada cinco cubanos com 15 anos ou mais fuma no país, o que equivale a 21,6 por cento da população, cerca de 2 milhões 14 mil 460 pessoas.
Como consequência do consumo passivo, quatro não fumantes com 35 anos ou mais morrem no arquipélago a cada 24 horas, apenas de doenças associadas, como cardiopatia isquêmica e câncer de pulmão, indica o texto.
Da mesma forma, a média de anos de tabagismo em dependentes desse hábito foi de 30,6 anos com cerca de 15,5 cigarros por dia, e a idade média de início do hábito, de 17,4 anos, tanto na zona urbana quanto rural.
Em declarações ao jornal online Cubadebate, por ocasião da celebração do Dia Mundial Sem Tabaco neste dia, a epidemiologista Patricia Varona disse que o maior problema é o aparecimento de adolescentes e jovens neste hábito em idade mais baixa.
‘Estes grupos constituem a substituição segura dos futuros fumadores adultos. Nesta fase fundamental, a influência do meio social é vital para que os menores não comecem com esta prática nociva’, acrescentou o também membro da Comissão Técnica Consultiva Nacional de Prevenção e Controle do Tabagismo em Cuba.
Em relação aos motivos pelos quais os adolescentes começam a fumar, o especialista destacou como principais a reafirmação da independência, a busca de aceitação no grupo, o avanço da idade adulta e a imitação de modelos próximos ou a quem admiram.
Embora o país caribenho tenha uma rede nacional de serviços de saúde, promoção e prevenção, com alternativas para a cessação do tabagismo, apenas 9,0% dos entrevistados até 2019 demonstraram desejo de abandonar o hábito.
Com a chegada da Covid-19, fumar também se tornou um fator de risco para o desenvolvimento de complicações da pandemia.
Segundo Varona, diversos resultados científicos têm mostrado que o tabagismo pode desencadear uma pior evolução da infecção e aumentar as chances de chegar a uma unidade de terapia intensiva durante toda a doença.
A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 também explorou pela primeira vez em Cuba o possível apoio ou rejeição da população às leis que proíbem o fumo e 92 por cento dos entrevistados se declararam a favor de sua implementação, sem diferenças por área, sexo ou grupos. destacou o especialista.
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