No ato do início do mês de aniversário daquele corpo armado, Del Castillo dirigiu uma mensagem a suas 40.000 tropas, na qual pedia que cumprissem o mandato constitucional, segundo o qual ‘a instituição policial não delibera nem participa de ação política partidária’.
O artigo 252 da Constituição Política do Estado estabelece que ‘as Forças Policiais bolivianas dependem do Presidente do Estado através do Ministro de Governo’.
Após as eleições de 2019, nas quais Morales venceu, um motim policial se somou à onda de protestos que a oposição e a Organização dos Estados Americanos aludiram a uma suposta fraude nas eleições, que ainda não foi provada.
Esta crise política levou a um golpe de Estado e facilitou a assunção de um poder de facto na Bolívia liderado por Jeanine Áñez, com a aprovação da oligarquia nacional e o apoio estrangeiro.
Com base nestes fatos, Del Castillo apelou para que as tropas cumprissem o juramento que fizeram quando aderiram à instituição, de respeito à Constituição e às leis, e de lealdade aos símbolos patrióticos.
‘Vivemos em uma época de reconciliação nacional e reunião entre a polícia e seu povo, e as feridas do passado estão agora sarando’, disse o Ministro do Governo. Ele também enfatizou a necessidade de livrar as forças armadas da corrupção, ao mesmo tempo em que enfatizou que um policial deve ser guiado por valores de transparência e ética profissional para prestar um serviço de qualidade à população.
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