‘Depois de quase um ano e meio sem visitar a Assembleia, amanhã (terça-feira) chegarei para fazer o discurso à nação para nossos dois anos de governo’, confirmou o presidente em sua conta no Twitter.
Bukele aludiu assim à sua presença na Sala Azul do Palácio Legislativo em 9 de fevereiro de 2020, quando militarizou o recinto para pressionar a oposição parlamentar na aprovação de um empréstimo para um plano de segurança.
O chefe de Estado foi inundado de críticas de setores da sociedade civil e da comunidade internacional, que consideraram a jogada uma espécie de autocrítica contra a democracia salvadorenha e seu sistema de controle e equilíbrio.
Entretanto, Bukele mantém altos níveis de popularidade internamente, em grande parte devido a suas ações contra a pandemia de Covid-19, a redução das taxas de homicídios e outras iniciativas para melhorar a imagem do país.
Ainda nesta terça-feira retorna a este país centro-americano o diplomata norte-americano Jean Manes, que foi embaixador aqui entre 2016 e 2019, com a missão de promover a reconciliação entre San Salvador e Washington.
Os Estados Unidos questionaram as ações da nova legislatura, com maioria governante, contra a independência dos poderes em El Salvador, e Bukele apelou à autodeterminação para enfatizar que as mudanças são irreversíveis.
Além disso, o Parlamento foi convocado para receber Bukele, e ele até concordou em reunir-se com funcionários que estavam em greve de fome há duas semanas nos corredores da legislatura, protestando contra uma série de demissões arbitrárias.
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